Guairenses têm reclamado que o governo municipal cortou esses produtos e que há dificuldade para consegui-los através da rede pública de saúde
O setor de saúde pública do município tem alterado o sistema de distribuição de medicamentos e fraldas geriátricas nestes últimos meses, o que prejudicou parte da população que precisa destes benefícios.
Com essas mudanças, a comunidade tem reclamado da falta desses produtos ou a dificuldade para consegui-los através do governo municipal. Para tentar solucionar esta situação, a vereadora Ana Beatriz Coscrato Junqueira sugeriu ao secretário de saúde, Jorge Uatanabe, que melhore a liberação dos mesmos antes da concretização da parte burocrática com os processos realizados pelas assistentes sociais.
Em seu pronunciamento, durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal, a Dra. Bia Junqueira criticou o setor pela política adotada. “Venho recebendo reclamações e vou fazer uma crítica que espero que seja construtiva para a administração por conta de alguns medicamentos e das fraldas. O pessoal está reclamando que cortaram ambos”, relatou.
“Realmente, fui ver e foi uma ordem do gestor da pasta da saúde para que cortasse enquanto não fizesse o estudo social para ver a real necessidade dessa pessoa, não deferisse o pedido. Vou fazer uma crítica, pois acho que não tem que ser assim, acho tem que devolver para a população essa fralda, para quem precisa, para quem já estava dando e fazer, paulatinamente, porque as visitas não poderão ser feitas de uma vez e a pessoa não pode ficar sem esse produto, porque ela não tem como comprar. Então, acho que o gestor tem que repensar nisso, entregar para a população e ir fazendo as visitas”, sugeriu a Dra. Ana Beatriz.
Para que os processos realizados pelas profissionais da saúde sejam feitos de forma mais ágil e mais prático para elas, a vereadora aconselhou que haja um “vínculo” com o setor da assistência.
“Acho que tem umas visitas que já foram feitas pelas assistentes sociais da Assistência Social e que deveria ter um intercâmbio com a as assistentes da saúde, porque elas já tem um relatório de quem precisa e de quem não precisa [da contribuição do governo]. Então, acho que tinha que ter essa comunicação entre eles até para economizar tempo e para poder fornecer para a comunidade de uma maneira mais segura”, afirmou.
De acordo com a Dra. Bia Junqueira, ela entende que a prefeitura tenta evitar que pessoas de má-fé se aproveitem dos benefícios, mas isso acaba prejudicando quem realmente precisa. “Pode usar também os agentes de saúde para confirmar essa necessidade, porque a minoria vai pedir por pedir. Eu sei que tem gente que vende medicamento e sei que tem gente que, por mais absurdo que pareça, vende até a fralda fornecida pelo governo, mas é minoria e a maioria não pode ser prejudicada por conta disso.Acho que aí está falhando a administração e tem que ser revisto isso aí”, esclareceu.
REMÉDIOS
Os munícipes também têm reclamado da falta de medicamentos e da dificuldade em consegui-los através dos recursos fornecidos pela prefeitura. A parlamentar também expôs o assunto. “Quem toma dois remédios por dia e a caixa vem 30 não tem como receber uma só, tem que receber as duas. Porque eu sei de pessoas que não têm condições de comprar e vão ter que ficar sem tomar o medicamento porque não tem como receber e nem comprar. Não seria bom para a saúde de ninguém”, denunciou.
Entretanto, a vereadora da base aliada confirmou que irá procurar o setor para que a população não fique sem este amparo. “Tem que ser repensado, vou conversar com o Jorginho para resolver isso”, finalizou.