Fabricio faleceu no dia 02 de julho por complicações da doença H1N1.
Os resultados dos exames, encaminhados ao Instituto Adolf Lutz de Ribeirão Preto (SP), chegaram e a Vigilância em Saúde do município confirmou, na manhã de ontem (26), que a morte do jovem Fabricio da Silva Faria, de apenas 20 anos, foi ocasionada pelo vírus da gripe H1N1.
O guairense faleceu no último dia 02 de julho, após ter sido internado um dia antes na Santa Casa de Barretos. De acordo com familiares e amigos da vítima, os sintomas apareceram dias antes, depois de uma viagem de Fabricio a Olímpia (SP). Eles ainda disseram que o rapaz foi levado ao Pronto Socorro de Guaíra na noite de 30 de junho, apresentando um quadro de vômito e diarreia.
Segundo o chefe do departamento de Vigilância em Saúde, Maurício Alves, o município guairense já registrou, desde junho, quatro notificações positivas para o vírus, sendo um óbito. “Os outros evoluíram para melhora após entrar com tratamento antiviral, hidratação e repouso”, informa o profissional.
Em 2017, foram duas notificações de gripe H1N1, sendo uma positiva e outra negativa; e, no ano anterior (2016), Guaíra registrou 14 suspeitos, sendo 5 confirmados e 9 descartados.
Barretos também se preocupa com o número de casos da doença. Até o momento são dois óbitos confirmados na cidade vizinha, além de vários positivos que encontram-se em tratamento.
PREVENÇÃO
A campanha nacional de vacinação contra a gripe foi encerrada no mês de junho e as vacinas, agora, somente podem ser encontradas em clínicas e farmácias particulares.
Maurício orienta a população a evitar locais fechados com pouca ventilação, aglomerações de pessoas e sempre lavar as mãos com água e sabão e, também, se possível utilizar o álcool em gel para assepsia.
“Evitar manter contato com a pessoa infectada, ou que tenha sintomas de gripe, lavar sempre as mãos, evitar levar as mãos ao rosto e à boca. Sempre que possível ter um frasco de álcool em gel. Manter hábitos saudáveis de alimentação, beber bastante agua, não compartilhar itens pessoais… Caso haja suspeita, utilizar uma máscara para se proteger e evitar frequentar locais fechados com muitas pessoas”, aponta.
Estas medidas preventivas são importantes já que a Campanha nacional de vacinação contra a gripe foi encerrada no mês de junho, conforme calendário estabelecido pelo Governo Federal. As vacinas, agora, somente podem ser encontradas em clínicas e farmácias particulares.
SINTOMAS H1N1
Os sintomas da H1N1 são semelhantes aos da gripe comum, mas com alguns detalhes específicos. Nota-se também febre repentina e alta (acima de 38°C), dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, coriza e falta de apetite. Sintomas respiratórios, como tosse, também são percebidos. Dependendo do caso, o paciente pode ter ainda diarreia e vômitos.
Durante o socorro, é recomendado que os pacientes que apresentarem tais sintomas recebam máscara cirúrgica para evitar a transmissão do vírus. Pede-se também que a proteção do nariz e da boca durante tosses e espirros seja feita com o antebraço – e não com as mãos, como é de costume.
“O único problema deste tipo de gripe é que ela pode levar a complicações de saúde muito grave, podendo ser fatal. O vírus sobrevive de duas a oito horas em superfície, por isso a recomendação de hábitos de higiene pessoal, que ajudam a evitar as chances de contaminação”, recomenda o chefe do departamento.
Os adultos podem transmitir a doença por um período de sete dias após o aparecimento dos sintomas. Nas crianças contaminadas, este período vai de dois dias antes até 14 dias após aparecerem os sintomas. “Caso o cidadão apresente algum dos sintomas, deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência, ou, após o expediente, o Pronto Socorro local”, encerra Maurício.