A cada 10 imóveis, quatro são identificados com focos de larvas da dengue

70 pessoas se infectaram com a doença este ano; preocupação da saúde é que número aumente muito na estação chuvosa

Cidade
Guaíra, 29 de julho de 2020 - 23h04

Não é porque estamos em plena pandemia de Covid-19 que outras doenças sumiram do mapa. Há que se dar atenção para o combate à dengue. Só do começo do ano até agora, em Guaíra, 70 pessoas se infectaram com a dengue. Outros 39 suspeitos aguardam resultados e 371 foram negativados. Os últimos registros positivos ocorreram no Jardim Elisa e no Centro.

O que preocupa os profissionais da Vigilância em Saúde é que durante o trabalho cotidiano dos agentes de controle de vetores, eles têm se deparado com uma gama enorme de materiais inservíveis, que tem toda propensão a se tornar criadouros. Além disso, o mais alarmante é que em quase a metade, 4 em cada 10 imóveis, estão sendo encontradas larvas do mosquito Aedes aegypti.

Em pleno mês de julho, com o tempo extremamente seco, o vetor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela está se reproduzindo com muito sucesso. Com a falta de chuvas, o mosquito está se valendo de ralinhos, tubulações de escoamento de água, piscinas não tratadas e bebedouro de animais. O temor da Secretaria de Saúde é que estes números explodam quando chegar a estação chuvosa, época em que a reprodução do Aedes aegypti aumenta exponencialmente.

ORIENTAÇÕES – As orientações para barrar os avanços de casos de dengue (doença que também pode matar) é que é que a população evite acumular materiais inservíveis, limpe com frequência ralos e outras estruturas de drenagem da água e lave bem os bebedouros de animais. Quanto a ralos e tubulações, os cidadãos podem fazer o tratamento caseiro que impede a eclosão dos ovos do mosquito. Despejar uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água no ralo, a cada 15 dias é o ideal. O mesmo pode ser feito com sal de cozinha, no caso a medida é duas colheres de sopa, a cada quinzena. Os moradores devem deixar as equipes vistoriarem os imóveis. Se houver dúvida quanto à identidade, o morador pode ligar para a Secretaria de Saúde: 3332-2891 ou na Ouvidoria Cidadã, 0800-941-1000.

TERRENOS – Os lotes não edificados constituem um grande problema para o controle da doença. Mesmo com a prefeitura notificando, autuando e até multando, são muitos os terrenos vagos que acumulam detritos que se tornam criadouros de difícil detecção devido ao mato alto. Os bairros que registram maior número de reclamações são: Nova Guaíra e São Francisco, no entanto, o problema é recorrente em todos os cantos da cidade. Vale lembrar que a limpeza de qualquer lote, quintal, casa ou comércio cabe ao morador, proprietário ou usuário. A equipe de controle de vetores, mesmo no trabalho de recolhimento de prováveis criadouros, nos bloqueios, quando já foram registrados casos na região, só faz a retirada com autorização do morador.

 

 


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