O Hospital de Amor (antigo Hospital do Câncer de Barretos) foi obrigado a suspender temporariamente suas atividades ambulatoriais e hospitalares, nas unidades adultas de Barretos (SP), graças a uma decisão judicial.
A justiça do trabalho determinou, através de uma ação civil pública do Sindees Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Ribeirão Preto e Região), o afastamento de diversos funcionários enquadrados nos grupos de risco da Covid-19, fazendo assim com que o HA não tivesse como manter o seu
funcionamento. De acordo com a instituição, para cumprir a medida judicial, é necessário um aumento significativo dos custos operacionais, o que compromete ainda mais a precária situação financeira da entidade. “Assim que readequarmos o dimensionamento da equipe de trabalho, voltaremos à normalidade dos atendimentos, para que não haja prejuízos na continuidade dos tratamentos dos nossos pacientes”, informa a diretoria do HA.
De acordo com o médico infectologista Paulo de Tarso Oliveira e Castro, o hospital deixa de contar com 400 profissionais, não podendo realizar procedimentos como sessões de quimioterapia e radioterapia, além de exames de ressonância magnética, tomografia e ultrassonografia.
Pacientes de UTI, da enfermaria e pronto socorro, além da ala pediátrica, não serão afetados, mas o número de cirurgias pode ser prejudicado para a manutenção dessas atividades.
Precisa de ajuda
O Hospital está pedindo a ajuda de toda a população das cidades atendidas pelos seus serviços, pois, desde o início da pandemia do novo coronavírus, o HA estimou uma queda mensal de até R$ 11 milhões na arrecadação, com o adiamento de leilões e shows, que respondem por boa parte dos recursos revertidos.