Um campanha em prol do pequeno Jacob, de apenas três anos, está mobilizando toda a região de Barretos, inclusive Guaíra. A criança, da cidade de Crateús, no sertão cearense, sofre de um tipo de câncer muito raro que afeta a medula óssea e aguarda um doador compatível enquanto segue com o tratamento feito no Hospital de Amor em Barretos (SP).
A leucemia mielomonocítica juvenil é um tipo de câncer tão raro, que sua incidência é de 2 casos para cada 1 milhão de pessoas. Seu desenvolvimento é agressivo, e os sintomas podem incluir palidez, febre, tosse, dificuldade para respirar, lesões de pele, sangramentos e aumento do baço e do fígado.
O único tratamento que possibilita a cura de Jacob é o transplante de medula óssea, e não há nenhum esquema de quimioterapia próprio para este tipo de leucemia. Apenas um medicamento para evitar a progressão da doença, como fala a médica especialista em oncologia pediátrica do Hospital Infanto Juvenil de Câncer de Barretos, Anita Brisanco. “O tratamento curativo mesmo é só com o transplante de medula óssea. A gente faz a medicação até conseguir um doador que, no geral, dura cerca de seis meses”.
O pequeno está numa lista de espera mundial para encontrar seu doador de medula. Em qualquer lugar do planeta, se alguém for encontrado em compatibilidade com o menino, ele receberá o que tanto precisa.
SEJA UM DOADOR
Para se cadastrar no Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula), o candidato a doador deve se dirigir ao Hemonúcleo de Barretos, localizado na R. Antenor Duarte Villela, nº 1.331 – Bairro Dr. Paulo Prata. Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos, com boa saúde, pode se inscrever. A partir daí, é realizado um cadastro dos dados pessoais e a coleta de pequena quantidade de sangue (de 5 a 10 ml) para exames.
Caso o voluntário seja selecionado para a doação, ele será chamado para fazer novos exames. O doador deve manter o cadastro no Redome sempre atualizado, pois poderá ser contatado anos depois. A doação de medula óssea é permitida até os 60 anos de idade.
A doação é um procedimento realizado em centro cirúrgico e requer internação por, no mínimo, 24 horas. O doador não precisa ter medo, pois a medula óssea recompõe-se em menos de um mês. Geralmente, os doadores retornam às atividades habituais depois da primeira semana. Uma pessoa pode doar várias vezes. A orientação é que o paciente espere seis meses para fazer uma nova doação.
Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro de doadores é consultado. A chance de encontrar uma medula compatível para um paciente doente é de uma em cem mil. Por isso, ao integrar o cadastro de doadores, você estará aumentando a chance de sobrevivência de quem está doente.