Cida Armani faz indicação para reduzir nível de escolaridade da função gratificada de comandante da GCM

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Guaíra, 19 de março de 2016 - 09h20

Os vereadores Bia Junqueira e José Natal Pereira não concordam com a proposta, pois alegam que alteração irá beneficiar apenas uma pessoa e que decisão não incentiva servidores a buscarem maiores capacitações

A indicação nº 57, de autoria da vereadora Maria Aparecida Silva Armani, causou discussão entre ela e os parlamentares Ana Beatriz Coscrato Junqueira e José Natal Pereira.

Isso porque o documento indica ao Chefe do Executivo promover uma alteração, na reforma administrativa, do nível de escolaridade da função gratificada de Comandante da Guarda Civil Municipal, de superior para nível médio. A indicação justifica que “a maioria dos guardas atuais não possuem o atual nível de escolaridade, comprometendo a possibilidade de servidores experientes e capacitados para tal função”.

Para a Dra. Bia Junqueira, há servidores da GCM com nível superior, o que, com essa alteração, beneficiaria apenas um funcionário. “Com todo o respeito que tenho pela vereadora Cida Armani, acredito que essa indicação é um retrocesso. Se o prefeito acatar essa indicação e mandar pra gente esse tipo de projeto, acho que se votarmos a favor será um retrocesso, porque aprovamos a reforma administrativa; foi uma reforma de uma fase que tem outras para serem feitas, outros problemas para serem estudados. Não podemos fazer esses tipos de remendos, mesmo porque vai beneficiar um servidor em detrimento de vários outros que também estão na mesma situação, ou seja, não poderiam ser chefes e diretores se tiverem só ensino médio”, disse a vereadora em seu pronunciamento.

De acordo com a parlamentar, a prefeitura deve incentivar seus servidores a buscarem capacitações e assim se desenvolverem em seus cargos. “Vou pedir inclusive a opinião do sindicato sobre essa indicação e acho que geraria até uma falta de incentivo ao funcionário, porque ele tem que estudar para poder alcançar um lugar maior e não voltar atrás. E lá na GCM são 25 guardas, desse 25, cinco ou seis possuem ensino superior. Creio que não seria esse tipo de problema, mas sim um tipo de politicagem de cargo de confiança, que lhe traz interesse. Acho inviável”, completou.

Cida Armani rebateu as declarações da Dra. Bia, alegando que não há interesse político. “A vereadora Bia mesmo disse que tem cinco guardas municipais que têm cursos superior e o restante não tem. Acho muito justo, pelo número de anos que são da GCM, pela experiência que eles têm, pelo trabalho que sempre fizeram, a confiança e respeito que todos têm por eles e eles têm pela nossa comunidade, é louvável que eles tenham o direito a ser contemplados da função gratificada, de Comandante da GCM sim. Não é politicagem barata, é o reconhecimento”, ressaltou.

A vereadora ainda destacou que desde a definição da reforma administrativa vem solicitando essa alteração. “Desde aquele dia que fui na primeira reunião para mudança de cargos dos funcionários públicos contestei que não tinha que ser de nível superior, poderia ser nível médio, pois assim todos seriam contemplados. Acho que está dentro da possibilidade”, concluiu.

José Natal Pereira disse que essa mudança beneficiará apenas um servidor. “Essa mudança só vai beneficiar um, apenas um. Será que vale a pena? Será que não é melhor incentivar os outros a fazerem um cursinho para se adequarem? Todos os funcionários têm que pensar nisso, porque tem muitos servidores que vão trabalhar e vão se tornar chefe”, finalizou.



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