Colunista

Publicidade boca a boca é a melhor?

Bem, para que possamos dar uma opinião ou até um diagnóstico, precisamos entender o princípio da análise de dados. Só com eles obtidos, tratados e analisados é que podemos emitir qualquer juízo de valor.

Reza a lenda que um pesquisador (maldoso com os animais, diga-se de passagem), pegou uma aranha e pediu para ela andar. Ela assim o fez. Conclusão inicial: a aranha, com todas as suas pernas, anda. Em seguida, tirou uma de suas pernas e pediu que ela andasse. O aracnídeo andou. Conclusão: a aranha, sem uma perna, anda. Mais uma perna foi tirada e o pedido repetido. Mais uma vez, a aranha andou. Resultado: a aranha, sem duas pernas, anda. E assim foi, até que sobrou uma perna. Ao receber o pedido do pesquisador, o artrópode quelicerado cambaleou entre perna e corpo, mas se deslocou. Conclusão desse ciclo: a aranha, com apenas uma perna, anda. O pesquisador, então, tirou a perna que faltava e pediu para aranha andar. Ela, obviamente, ficou parada. O pesquisador, então, concluiu: a aranha, sem todas as suas pernas, fica surda!

Moral da história: não adianta ter dados, informações, se não sabemos lidar com eles, lê-los e interpretá-los. 

Certa vez, eu comecei um trabalho de consultoria em uma empresa que havia contratado uma agência para fazer uma pesquisa entre os clientes para análise de perfil. Havia uma pergunta dessas sobre onde o cliente conheceu a empresa/produto. O profissional, ao apresentar o resultado, disse que o boca a boca realmente era o que funcionava para aquela organização, porque televisão, rádio e outdoor etc., não apresentava resultado na pesquisa. Ora, aquela empresa raramente, mas muito raramente, investia em publicidade. Portanto, seria de se estranhar aparecer nos resultados qualquer uma dessas outras mídias. É como dizer que a aranha ficou surda ao ficar sem pernas!

Esse tipo de consideração leva o cliente (a empresa) a acreditar que não precisa investir em mais nada, que só o boca a boca dará conta. Mas já está na cara que esse método de trabalho não estava funcionando plenamente. A organização estava precisando de novos clientes e, também, claro, reter o que já havia conquistado.

Isso nos remete aos dois grandes tipos de problemas que as organizações enfrentam: falta de clientes e falta de aproveitamento dos clientes que têm.

O primeiro é resolvido com publicidade. E ela tem uma agenda, normas, regras, leis naturais. Não adianta meter os pés pelas mãos (e nisso inclui sua versão digital).

Por fim, eu acredito que o boca a boca é o mais efetivo, de um modo geral, mas ele necessita dos outros meios (falarei sobre isso nas próximas colunas) para se impor e se consolidar. 

Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior 


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