Colunista

Você vai lembrar de mim?

Hoje em dia não é mais tão difícil chegar ao consumidor, de um modo geral. O marketing digital, por exemplo, nos dá essa possibilidade. Porém, a grande questão, hoje, não é chegar, mas sim, ser visto e, mais ainda, lembrado. A isso dá-se o nome de Fator de Fixação.

Assim como presenciamos dia a dia na pandemia do Corona vírus, pessoas mais idosas, com comorbidades e em outras situações ainda não desvendadas, sofrem mais com a contaminação. Há uma ligação direta entre a situação e o vírus, o que facilita a fixação e o desenvolvimento da doença, dificultando (ou impedindo) a cura.

Assim também é com a comunicação. Há fatores e ações que facilitam a fixação da mensagem na cabeça do receptor. Segundo estudos, uma mensagem publicitária, para ser ter a chance de ser lembrada, precisa ser vista, em média, 6 vezes. Mas, aí, entram outros fatores.

Imagina um intervalo comercial de 5 minutos. Com VTs de 30 segundos, serão 10 comerciais. Agora, pegue um daqueles que ficam entre o quarto e o sétimo. Se não forem bons, pelo excesso de mensagens, serão praticamente esquecidos. 

E aqui temos um outro segredo: é preciso cuidar da marca. Muitos comerciais vêm com histórias bacanas (emotivas ou engraçadas), que podem até dar liga com o tipo de produto, mas não com a marca.  Aí,  se a sua marca não é a Top of Mind do seguimento, quem será lembrada será a do concorrente).

Temos exemplos em grandes agências dos grandes centros. Eu perguntava para os alunos em minhas aulas de qual marca era a campanha dos “pôneis malditos”. Não era da líder de mercado, mas ela era a mais lembrada.

Nesse caso, a história conseguiu ter o fator de fixação (era lembrada), mas a marca não. Jogou para o adversário.

Uma das grandes alternativas que temos hoje para que afixação efetiva aconteça é o chamada “branded content”, situação na qual a marca fica dentro do programa. Assim são as provas do Big Brother, do Masterchef e até do Certo ou Errado, jogo criado pela Nova Hévila. Como a marca faz parte da atração, ela tem plena atenção do expectador, aumentando o poder de fixação.

Assim também é o boca a boca. Sem dúvida, há uma força bem grande de quem indica, mas, quando vem de um expert ou de um vendedor, a força aumenta. Ainda, se a empresa é vista em outras mídias, há um reforço muito grande na mente do possível cliente. 

Claro, vale a máxima do “quem não é visto, não é lembrado”. Mas, só isso não adianta, além de visto, é preciso que a mensagem seja fixada na mente do possível cliente, que seja, como diz Roberto Carlos, em Detalhes, com “o ronco barulhento do seu carro, a velha calça desbotada, ou coisa assim”.

Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior 

 


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