Para governo, prazo ideal era de um mês, mas oposição conseguiu atrasar o processo
O presidente interino do Senado Federal, Cassio Cunha Lima, estimou que, com as mudanças na tramitação, a reforma trabalhista só terá condições de chegar ao plenário da Casa em um período entre 45 e 60 dias. O prazo anterior era de um mês.
Cunha Lima costurou nesta semana um acordo com a oposição para a tramitação na Casa. Para o governo, o ideal é que o projeto de lei passasse apenas por duas comissões e estivesse pronta para o plenário em um mês.
A oposição, no entanto, protocolou um requerimento para que a proposta tramitasse em quatro comissões, o que atrasaria muito o processo, além de abrir brecha para mudanças no texto. O acordo firmado ontem estabelece um meio termo: a reforma trabalhista passará pelo crivo de três comissões, primeiro a de Assuntos Econômicos (CAE), seguida pela de Constituição e Justiça (CCJ) e pela de Assuntos Sociais (CAS).
Outro ponto levantado pela oposição foi em relação à vontade do governo de tramitar as reformas concomitantemente em todas as comissões. Para isso, também ficou decidido um meio termo: as audiências públicas serão conjuntas, mas a votação será separada em cada comissão. (G1)


