Como o mercado de transferências de futebol evoluiu

Esporte
Guaíra, 4 de outubro de 2019 - 08h30


Nas últimas décadas o futebol deixou de ser apenas um esporte para se tornar cada vez mais um negócio extremamente lucrativo. Os jogadores ganham muito mais, e quantias impensáveis para o esporte, se comparado aos valores que grandes craques como Pelé, Eusébio, ou Maradona ganhavam na época. Para se ter uma ideia da evolução dos números, o registro da primeira transferência feita no futebol, no ano de 1893 custou 100 libras.

Hoje, os números escandalosos assustam a muitos, e despertam grande desejo e interesse na nova geração do futebol. Os novos craques ajudam a movimentar anualmente bilhões para os clubes, durante as janelas de transferência, principalmente para clubes europeus. Essa janela se trata do período em que os times negociam a compra e venda de jogadores, dentre eles, os craques do Brasil. A cada ano que passa os valores aumentam ainda mais e surpreendem.

É o caso do jogador Neymar, que está entre os três jogadores mais caros da história de transferências do futebol mundial. A primeira mudança de Neymar, do Santos para o Barcelona, custou ao clube espanhol 86 milhões de euros, sendo que do valor total, apenas 17 milhões ficaram para o clube santista. Em 2018, o jogador foi vendido para o Paris Saint-Germain por 222 milhões de euros, o que o tornou o jogador mais caro da história.

Um outro jogador que marca presença na lista dos mais caros é o francês, Kylian Mbappé. O jovem de 20 anos atua no Paris Saint-Germain, e a sua transferência custou cerca de 180 milhões de euros ao clube. O brasileiro Philippe Coutinho, ex jogador do Vasco da Gama, também teve seu valor de transferência impulsionado na negociação do Liverpool com o Barcelona. O clube espanhol comprou o jogador por cerca de 125 milhões de euros.

Estes são apenas alguns dos nomes que mais custaram aos clubes europeus na história do futebol mundial. A lista de jogadores é grande e os valores investidos cada vez maiores. Cada vez mais populares, com contratos de publicidade e patrocínios exclusivos, o mercado dita números cada vez mais altos para cada um destes.

Mesmo assim, é impossível medir ou discutir o valor e habilidade destes jogadores apenas pelo custo de suas transferências. Algumas das vendas ou trocas milionárias geraram mais prejuízos do que benefícios para os clubes. Muitos deles compram atletas por preços altíssimos, que não correspondem às expectativas.

Comparar o valor dos mesmos com os craques de antigamente também é pouco provável. É bastante difícil colocar um preço sobre o que Pelé ou Maradona valorizariam hoje, e certamente é impossível compará-los a jogadores como Messi, ou Ronaldo.

Enquanto o esporte é autônomo em seus lucros, e com a constante presença de investidores dispostos a gastar essas quantias com os jogadores, não há como controlar ou regulamentar esse mercado. Pode ser preciso algum tempo para que haja algum tipo de organização diferente, com cuidado para que não seja sempre o dinheiro a mandar em tudo.



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