Em Guaíra, pouco mais de mil pessoas estão atrasadas para tomar a segunda dose de imunizantes contra a covid-19, revela levantamento feito pela secretaria municipal de saúde, que alerta para os riscos das pessoas não completarem o ciclo vacinal.Conforme os dados, são 453 faltosos de 2ª dose de Astrazeneca (Oxford/Fiocruz) e 564 faltosos de 2ª dose de Coronavac (Sinovac/Butantan).
Especialistas e autoridades do setor de saúde consideram fundamental a conclusão do ciclo vacinal, uma vez que apenas a primeira dose de imunizante não garante proteção adequada contra o vírus, especialmente com a disseminação da variante Delta. “A pessoa que não completa o esquema vacinal fica mais vulnerável à infecção pelo Sars-Cov-2 que aquela que recebeu as duas doses, quando recomendada pelo fabricante. Ou seja, além de se expor ao risco de ser contaminado e adoecer, esse indivíduo prejudica o controle da circulação do vírus. E tem mais, a vacinação incompleta pode criar um ambiente propício para o surgimento de cepas ainda mais resistentes do Coronavírus, as variantes”, informa a pasta.
A recomendação é para que as pessoas que ainda não tomaram a segunda dose dos imunizantes conforme cronograma já executado, que procurem o PSF onde recebeu a primeira dose para serem devidamente imunizadas.
Eficácia contra as variantes
Um estudo feito por instituições de pesquisa e universidades inglesas, publicado no periódico científico New England Journal of Medicine no dia 12 deste mês, trata da eficácia de vacinas contra as variantes Alfa e Delta. Segundo a publicação, a eficácia da vacina da AstraZeneca na variante Alfa foi de 48,7% com a primeira dose e de 74,5% com a segunda. Já, quando analisada a dinâmica do imunizante com a variante Delta, a eficácia foi de 30% com a primeira dose e de 67%, com a segunda.
Para a vacina da Pfizer/BioNTech, os índices de eficácia para a variante Alfa foram de 47,5% na primeira dose e de 93,7%, com a segunda. Nos casos de infecção com a variante Delta, os percentuais atingiram 35,6% com a primeira dose e 88%, com a segunda.
“Diferenças absolutas na eficácia das vacinas foram mais marcadas após a primeira dose. Essa conclusão vai ao encontro dos esforços para maximizar o avanço da vacinação com duas doses entre populações vulneráveis”, concluem os autores do estudo.