À boca miúda!

Editorial
Guaíra, 24 de setembro de 2020 - 10h58

Antigamente, todas as vezes que uma notícia não corria escancarada por todos os lados, que corria principalmente por baixo dos panos, diziam que o assunto era tratado “à boca miúda”.

Hoje, a menos de 50 dias para a mais importante eleição no nosso município, o clima parece ser de calmaria. Nem mesmo a boca miúda está se manifestando.

Esta calmaria tem razão de ser. Primeiro, por força do calendário eleitoral, que somente autoriza as propagandas após dia 26 de Setembro, de modo que após 27 deste mês é o prazo para que se dê a largada para propagar estas eleições. Aí esperamos que o bom senso, a educação e a seriedades tomem conta dos merchandisings dos partidos.

Segundo: a pandemia impede os “arrastões”, proíbe as aglomerações de modo que é bem possível que este ano não tenhamos a oportunidade de ver os candidatos passando de casa em casa, pedindo “uma forcinha” nas urnas do mês de Novembro.

Se fosse a outras épocas, nenhuma casinha ficaria sem a visita dos candidatos, já que são muitos este ano. Assim, quem votar no prefeito, estará automaticamente votando no nome do seu vice já sacramentado pelas convenções.

Aí, no vice, moram as maiores diferenças! Há quem apresente no seu currículo uma experiência como vereadores ou até como vice mesmo, há os que não possuem qualquer conhecimento nos trâmites da política. De modo algum isso tira o mérito de qualquer candidato a vice-prefeito, porque ninguém, em sã consciência, pode julgar o desempenho dessa ou daquela pessoa sem conhecer o seu potencial. Isso seria um pré-conceito! E não é nosso objetivo fazer qualquer juízo sem lhes dar uma oportunidade para tal.

Por outro lado, no método da “boca miúda”, correm as pesquisas eleitorais tão apropriadas nesta época. Mesmo sendo pesquisas feitas seriamente, elas apenas fazem um demonstrativo das tendências do eleitor “naquele momento”. Todos nós sabemos que existe o fenômeno chamado “Efeito manada”, que o eleitorado pende por um lado às vésperas da eleição.

Assim, fica cada vez mais difícil aceitar que as pesquisas possam determinar uma eleição. Exemplo disso é nosso presidente Jair Bolsonaro que – de acordo com elas – perdia para todos os candidatos no segundo turno.

Só esperamos que as forças do Universo olhem por nossa pequena Guaíra e que a campanha seja a mais limpa e ordeira possível, sem ataques desonestos e sem inconveniências.

 


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