A matança continua!

Editorial
Guaíra, 19 de março de 2019 - 10h15

Nova Zelândia. Um homem de bem, cristão, com licença para porte de armas, membro de grupo de tiro, entra em duas Mesquitas com 100 pessoas e mata 50.

O governo decide mudar a lei sobre o porte e posse de armas. ”No more guns” eles disseram.

A população concorda: Ok é razoável…

No Brasil, dois homens entram em um colégio com 1800 alunos. Por conta da rigidez das leis atuais, conseguem apenas um revólver ilegal, machadinhas e uma besta, matam 8 e ferem mais alguns…

Algumas entidades tentam colocar a culpa no novo governo. Outras sugerem armar professores e monitores escolares. Outras ainda comparam armas com carros, sem se tocar em um detalhe básico: ao contrário das armas, carros não foram produzidos com o objetivo único de matar. Até os videogames entraram na discussão, esquecendo-se dos trilhares de massacres ocorridos na humanidade nos séculos anteriores.

Os massacres acontecem desde os mais remotos tempos, pelos mais variados argumentos. A bíblia nos dá conta disso, desde que foi escrita já descreveu massacres de inocentes, alguns deles com plateias torcendo; depois os livros de História também vieram atentando para estes detalhes: homens vem se matando com as mais sórdidas desculpas…

Nada, em tempo algum, justifica qualquer tipo de matança, seja com armas, com animais (nas arenas romanas) em câmaras de gás, com as guilhotinas…

Até quando inocentes morrerão nas mãos de pessoas insanas?

Por aqui, no nosso país, seguem as discussões sobre armas. Uma discussão que poderia ser lúcida, com argumentos lógicos, sensatos e acima de tudo, baseados em evidências científicas.

Só que não. Infelizmente…


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