A solidariedade vai salvar o mundo?

Editorial
Guaíra, 24 de março de 2020 - 00h31

Não pretendíamos mais tocar no assunto dessa pandemia que assola o mundo. Todos nós estamos cansados de ver e ouvir falar nela, é preciso nos distanciarmos um pouco de tanta informação. Arejar os pensamentos com outros assuntos, com músicas, com leituras!

Este distanciamento não é sinônimo de alienação. Não! É que há uma morbidez em querer saber quantas pessoas  estão infectadas, quantas morreram, quantas ainda vão morrer! Este lado meio macabro faz parte da composição do ser humano. É uma curiosidade nata só mesmo para se informar e para o pessimista se cobrir da cabeça aos pés somente com os olhos para fora.

Se muitos de nós – senão todos – já sabemos o suficiente para nos protegermos, é hora de buscarmos o outro lado: a esperança!

Essa Esperança está movendo o mundo! Nunca se viu, no Facebook, nas redes sociais, em todos os órgãos de comunicação tanta solidariedade brotando do homem. As empresas estão se colocando à disposição das autoridades, quem mais  tem está dividindo e até quem nada tem, ainda assim, oferece seus serviços voluntários.

Algumas pessoas estão cantando louvores,  hinos, músicas tradicionais (como é o caso da Itália), das sacadas das suas casas. Isso é também contagioso! Quem ouve uma música conhecida tem também vontade de cantar!

Mas o nosso assinante já reparou como há uma profusão de orações, de invocações a Deus, de mensagens de otimismo rodando por aí através da Internet e dos grupos do WhatsApp?

Será que após a passagem do corona, o ser humano vai se sentir mais humanizado e vai continuar com esta solidariedade – principalmente para com aqueles que não podem parar – até  que o sinal verde seja ecoado de norte a sul?

Querem um exemplo: os caminhoneiros! Lembram quando eles pararam e pediram a solidariedade da população para com as suas justíssimas reivindicações? O que aconteceu? Foi uma corrida desenfreada aos postos de gasolina com medo de ficar sem combustíveis e uma maratona nos supermercados com medo do desabastecimento.  No entanto, eles, hoje,  continuam a transportar combustíveis e alimentos sem pedir nada em troca. São solidários.  Nem pediram para suspender os pesados pedágios que são obrigados a pagar. São solidários e valentes! Uns heróis sem medalhas!


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