Algoz de si mesmo!

Editorial
Guaíra, 17 de abril de 2016 - 08h10

Quando nosso prefeito se deixou estampar na capa do jornal, que supostamente criou para dar-lhe sustentação numa possível candidatura e também na sua administração, não foi surpresa para ninguém as declarações onde ele tirava de si a culpa pelo fracasso de sua gestão e a colocava “nos outros”.

Ora, um prefeito que – declarações dele próprio – se diz com 30 anos de experiência, não conseguiu realizar QUASE NADA do que prometeu em palanque, incluindo aí as famosas “chaves de papelão”. Essas tiveram dois papéis fundamentais: foram o veículo para a sua eleição e ao mesmo tempo a falta delas foi a derrocada de Sérgio de Mello.

Não adianta colocar a culpa na Dilma, na imprensa, nos vereadores, nos auxiliares, no preconceito da elite da cidade… Se houve alguma culpa para este fracasso administrativo, foi dele próprio e do seu vice-prefeito Denir Ferreira dos Santos, o Denir Barulho, que não pode agora, ao final da jornada, se eximir de qualquer culpa.

Sérgio de Mello se isolou no poder. Não recebia ninguém a não ser seus asseclas – aqueles que não aparecem na folha de pagamento e nem moram na nossa cidade, mas que são os primeiros a saber de tudo! Estas pessoas são pagas para dizer o que o chefe quer ouvir! E a quem o chefe deveria ouvir, ele não ouvia e não ouve!

Seguiu a cartilha do PT. Questionou a imprensa que nunca se vendeu, criticou a elite e chegou a se auto intitular o prefeito dos pobres. Aí, deu no que deu! Os 30 anos de experiência de nada valem quando a arrogância fala mais alto!

Temos o exemplo clássico “lá de cima” quando Lula e Dilma se agarram ao poder colocando o seu egoísmo acima da segurança do país. Querem o poder a todo custo e de toda maneira! São chacoteados, são motivos de apelidos e são ridicularizados, principalmente nas redes sociais!

Sérgio de Mello não esperou chegar tanto a este ponto, mas é motivo e alvo de comentários – pelo Facebook – que a boa educação não recomenda – jogou a toalha antes! Afirmou que as casas não vão ser construídas e junto com elas perdeu o seu poder de fogo político.

Que seu exemplo sirva para todos os postulantes a cargos políticos nas próximas eleições, sejam eles vereadores, prefeito ou vice-prefeito. Colhemos o que plantamos. Se plantarmos ilusões, colheremos ilusões. Se plantamos mentiras, o tempo se encarregará de apresentar as verdades que nenhum argumento político será capaz de esconder.

Ao fim, com um sentimento do dever cumprido pelos vários alertas retratados nesta folha, temos apenas convicção de que, assim como muitos cavam a própria sepultura, no fechar de sua biografia política, Sérgio construiu um algoz: ele próprio!


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