Nesse dia 18, nossa cidade completa 91 anos de Emancipação Política. O documento desta emancipação foi assinado no dia 18 de Maio de 1929. Suas origens remontam ao ano de 1902, chamada primeiramente de “Corredeira de São Sebastião”, depois “Corredeira do Bom Jardim” e, em 1908, com a criação do Distrito de Paz, adotou-se o nome definitivo, Guaíra. Tornou-se município em 1928 que foi instalado em 18 de maio de 1929, e comarca em 18 de maio de 1954.
Mesmo com tanta história para contar, não haverá festas! Nem desfile cívico alegórico. Muito menos a tão esperada “Alvorada” feita há mais de 50 anos pela nossa gloriosa Lyra musical, acordando a cidade para o seu mais importante dia. E também a tão esperada e tradicional ‘festa do peão’ foi adiada! Não haverá o som gostoso da Fanfarra da Escola Enoch Garcia Leal – a Fanegal – para arrepiar de satisfação os guairenses apaixonados por ela.
Os alunos das nossas escolas, já sem aulas há tanto tempo, não usufruirão do frisson de desfilar pelas ruas da nossa cidade empunhando bandeiras e vestidos em uniformes impecáveis organizados de véspera.
Todos nós sabemos, infelizmente, o porquê de tantos “nãos” para este feriado que sempre foi tão esperado e festejado pelos munícipes.
O feriado mais importante para a cidade será mais um dia comum, pacato, sem cores e sem brilhos. Sem o alarido dos vendedores de balões, sem a correria das crianças, das monitoras e das professoras para sair tudo conforme o previsto, sem qualquer demonstração de festa. Nem haverá o medo de algum carro alegórico quebrar, ou de faltar alguns dos personagens que ilustrariam o desfile.
As máquinas fotográficas e os celulares não terão muito o que registrar a não ser o vazio da avenida que não deverá ter muito movimento a não ser algum carro ou outro, mais desavisado, passando despreocupadamente por ali e não adicionará nenhum valor simbólico para a data.
Ficamos, então, com a festa interior, com as lembranças dentro da imaginação, porque na nossa memória vírus nenhum deste mundo vai conseguir tirar a satisfação de imaginar nossas ruas coloridas, barulhentas, embandeiradas, porque ali, na memória, é um território sagrado, só entra para quem abrirmos a porta. Outros aniversários virão, porque a Esperança também pertence a este território sagrado!
Feliz aniversário, Guaíra! Parabéns, jovem senhora que amamos tanto!