Tapetão é uma expressão muito usada no mundo do futebol. É quanto um time perde em campo, mas quer ganhar na Justiça.
Os tribunais futebolísticos são recheados de histórias inescrupulosas, onde o time perdedor no campo saiu vitorioso no “tapetão”.
Vendo o triunfo no futebol, o brasileiro, mais do que criativo sempre, passou a usar este recurso também na política!
Assim, os tribunais se enchem de “Requerimentos”, de “Ofícios”, de papeladas que atravancam o trabalho dos juízes que têm que parar tudo o que estão estudando, lendo e avaliando para dar vistas às “picuinhas” e “pitis” de uma classe de políticos que ainda não aprendeu que eleição se ganha na urna, com a maioria dos votos da população.
Para os leigos, como nós, tudo parece tão simples: cada candidato faz a sua propaganda, mostra sua plataforma de governo, faz um retrospecto da sua ilibada condição moral de chefe de família, de bom pai, de bom esposo, de bom cidadão, de bom pagador de suas dívidas, de bom empreendedor, de bom gestor, grita a sua honradez em todos os sentidos e pronto!
Pode parecer simples, mas para algumas pessoas, só bater no peito e dizer “eu tenho condições éticas e pulso firme para gerenciar uma cidade” não basta! Além de destilar sua condição de gente boa, tem também que desconstruir o adversário!
E aí é que mora o perigo.
Cantar progresso com projetos alheios é fácil!
Mas, como acontece em toda eleição, nosso eleitor guairense já se tornou experiente, não é burro, nem bobo e nem se deixa levar por palavrinhas mansas!
Agora, esse tal de poder deve ser bem doce, bem saboroso, bem rentável, porque quem está – ou esteve – não quer sair, é só olhar a equipe de correligionários que recebe o seu salário da prefeitura, com ou sem concurso público, desfrutando de um cargo de confiança (que é legítimo) e, por outro lado, tem quem quer entrar para este seleto time de “Bons Prefeitos”, para mostrar o seu valor como todos – aliás – aqueles que já se sentaram naquela cadeira da sala mais importante do paço municipal.
A bem da verdade, em sã consciência, nenhum dos candidatos a prefeito pretende fazer uma má gestão, um mau governo!
A discórdia entre eles – se é que existe – fica por conta da assessoria que pretende ganhar pontinhos usando uma má fé e angariar simpatia da população para não perder o seu “butim”.
Em tempo: “butim” foi uma expressão usada pelo Bob Jefferson com relação aos aproveitadores das tetas institucionais – que significa: “aquilo que se ganha em razão de algum proveito, lucro!”