Bajuladores nunca foram bons conselheiros

Editorial
Guaíra, 17 de outubro de 2021 - 08h45

O que acontece quando plantamos uma sementinha? O que acontece quando um grãozinho pequenino é colocado em solo fértil? E quando esse grãozinho é uma palavra, uma ação, um sonho, um projeto? 

Plantar é um ato de fé, é depositar toda sua confiança e apostar no melhor. Para plantar, há que se preparar o solo, torná-lo fértil, propício para receber a semente e cuidar para que se mantenha assim: nem seco demais, nem úmido demais, a proteção tem de vir na medida certa e, claro, sempre atento para que ervas daninhas não invadam sua plantação. O tempo entre a semeadura e a colheita é curto e qualquer descuido pode ser fatal para uma boa produtividade.

Fazendo um paralelo com a sabedoria que vem do campo, podemos dizer que ser gestor de uma cidade guarda certas semelhanças com atividade agrícola; uma delas e não mais importante que as outras é cuidar de verdadeiras “ervas daninhas”, também chamadas de bajuladores.

Bajulador é uma “praga”, presente em todos os níveis de relacionamentos, mas principalmente nos que envolvem o poder. A única preocupação dessa pessoa é agradar, e por isso, esconde o que na verdade pensa e sente e diz apenas aquilo que soa doce e suave aos ouvidos daqueles em cuja as graças pretendem cair.

O problema é que muitas vezes ficamos entorpecidos, de ego inflado, do que essas pessoas dizem de nós e nos deixamos enganar tão facilmente que fica difícil querer se libertar da bajulação. Não há outro modo de alguém se livrar da bajulação se não deixar claro a todos que não se ofende com a verdade. E para isso deve-se escolher um bom  time de conselheiros e a eles deve ficar claro que com quanto mais liberdade falarem mais facilmente suas opiniões serão aceitas e terão credibilidade.

Nesta segunda-feira, 18, começa a transição de governo, a largada para uma nova administração, que carrega acima de tudo a esperança de muitas pessoas que depositaram sua confiança na última eleição.

E uma metáfora perfeita sobre a esperança é o ato de plantar uma semente, que em si pode ser significativo para quem o pratica, mas sendo o tempo dela alheia ao nosso, saber esperar para colher os frutos é fundamental!


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