Já ouviram a expressão “você tem bola de cristal” ao se referir a uma pessoa que tenta adivinhar o futuro? Atualmente, nos deparamos com tentativas de pessoas que assumem este papel, tentando construir narrativas, sejam elas construtivas ou não, ao melhor estilo “Minority Report”, filme de suspense e ficção, estrelado por Tom Cruise, dirigido por Steven Spielberg, que em uma sociedade futurista, onde a polícia visualiza crimes e delitos futuros através de paranormais, o culpado é punido antes do crime ter sido cometido. Mas há um dilema: se alguém é preso ou acusado antes de cometer o crime, pode esta pessoa ser acusada, pois o que motivou sua prisão nunca aconteceu?
A preocupação dos nossos representantes são sempre válidas em salvaguardar a sociedade, seja pela fiscalização e/ou através de projetos que atendam ao bem coletivo; nada mais justo e óbvio para aquele que paga a conta: o cidadão.
Vemos com certa estranheza o tratamento dado a empresas que estão tentando se instalar no município, como o caso daquela que assumiu a antiga usina de reciclagem, por decreto, e está pleiteando a doação da área definitiva após 10 anos, caso cumpra as metas propostas pela municipalidade. Lembrando que toda a readequação e reconstrução daquele local são feitos sem dinheiro dos cofres públicos; e, caso não cumpridas as exigências, o prédio volta a ser do município. Portanto, temos ferramentas jurídicas para proteger o bem público e se for doado que traga um bem maior à comunidade.
O que não podemos e nem devemos fazer é tentar desacreditar um projeto, com narrativas fundamentadas em ilações, ou adivinhações, que comprometam a imagem daqueles que querem trabalhar no município. Isso, com certeza, não é atender ao interesse público e o exercício da cidadania.