A culpa é do mordomo

Editorial
Guaíra, 10 de janeiro de 2018 - 10h02

Todos fazem graça quando o assunto versa sobre um assassinato: nos filmes policiais, por exemplo, diz-se que a culpa é sempre do mordomo.

Depois de um ano da morte “acidental” do ministro Teori Zavascki, a Polícia federal chega a uma suposição: a culpa foi do piloto da aeronave.

Demorou exatamente um ano para se supor que o excesso de confiança do piloto levou-o a cometer falhas.  Só para lembrar, o avião King Air que matou o ministro do STF levava também o dono do avião, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe Maria Hilda.

Chegou-se a uma suposta investigação que o piloto, sob forte, chuva teria se desnorteado com a baixa visibilidade, não notou que estava perto demais da água onde uma das asas bateu, causando o acidente sem sobreviventes.

Foi descartado qualquer tipo de sabotagem. Não houve incêndio, explosão ou problemas no motor do avião. No corpo do piloto também não havia vestígios de que ele tivesse ingerido  álcool ou qualquer tipo de droga que pudesse comprometer a sua capacidade de trabalho.

Foram feitos 18 inquéritos e ouvidas mais de 40 pessoas. Concluiu-se que foi mesmo uma fatalidade.

Não há suspeitos.

Pode ser que o peso político do passageiro ilustre, que investigava os políticos da Lava-jato tenha pesado também no afã do piloto pretender acertar o pouso em um dia de chuva forte e com pouca visibilidade. Era um dia totalmente desfavorável para se chegar numa praia.

Se não há suspeitos então, assim como aconteceu com Ulisses Guimarães, o culpado só pode ter sido o mordomo!


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