É muita bondade

Editorial
Guaíra, 28 de agosto de 2015 - 14h12

Já diziam os sábios que errar faz parte do ser humano. Tirar proveito dos erros é aprender com eles. Mas errar duas vezes é sinal de arrogância, de descomprometimento e até mesmo estupidez.

O governo Federal novamente repete o mesmo erro de dar pacotes de “bondades” para setores específicos da indústria – notadamente para a indústria automobilística. Pior que isso, usando novamente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica para bancar essas bondades.

Não vamos nem nos referir ao fato de que outros setores que não foram alvo de tais bondades acabaram pagando o pato – a conta tem que fechar de algum modo. O absurdo da situação é o fato de dar subsídios para um setor onde não há mais demanda por automóveis. Pior que isso, existe uma “antidemanda”.

O governo já cometeu esse erro antes e na época já tinha acontecido o que muita gente previra: as automotivas não vão deixar de demitir por causa de juros subsidiados.

O desemprego – que o IBGE divulgou, agora em 7,5%, cerca de 0,5% acima do que esperava o mercado – existe por causa dos pacotes de “bondades” que aconteceram nos últimos anos e não apesar deles.

Fica a impressão que Dilma usa tais medidas já sabendo que são inócuas, na tentativa de tentar empurrar a crise mais pra frente, mesmo que isso faça com que a crise venha muito mais forte. O que será que Dona Dilma espera deste “mais para frente”?

Alguns avestruzes podem até cair nessa. Mas o Mercado não é bobo. E taxou pesado os bancos estatais, derrubando as ações do Banco do Brasil em mais de 6%. Pouco adiantou seus diretores vindo à público para dizer que o pacote não é político. Ninguém acreditou. Não há avestruz no Mercado.


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