E o vento levou…

Editorial
Guaíra, 16 de junho de 2020 - 00h30

 

“E o vento levou” é o título de um filme – que ganhou 8 estatuetas do Oscar e foi baseado em livro. É um longa-metragem considerado

uma das melhores bilheterias de todos os tempos.

Muitos de nós assistimos ao filme que data de 1939. Nos encantamos com uma história de amor que teve como pano de fundo a Guerra Civil americana.

Por que este filme vem – no momento – ser assunto novamente?

Acontece que ele foi retirado – temporariamente – do catálogo da HBO, por retratar um fato pontual da história americana – uma história sangrenta é verdade – calcada no ódio, no rancor: o racismo. Um período de intenso sofrimento que dividiu os Estados Unidos em dois lados e que deixou cicatrizes que são avivadas de tempos em tempos, como acontece agora com a morte de George Floyd.

Não somente este filme está sendo retirado das plataformas das séries e filmes, mas tudo que lembra este período que pode lembrar o racismo está sendo alvo de radicalismo extremo. Assim, estátuas, esculturas e imagens estão sendo alvos de destruição em todos os lugares do mundo.

No caso de filmes e novelas, “A escrava Isaura” por exemplo, que também foi baseada em livro,  são obras que retratavam uma época. Isso não quer dizer que ver o filme, ver uma estátua ou ler um  livro estimula o racismo, porque estas obras simplesmente retratam uma época que, infelizmente, existiu e  muito envergonha a humanidade.

Mas destruir uma obra dessa significa também destruir fatos acontecidos no passado? Destruir a história ajuda a mudar o presente?

Esta caça às bruxas ao racismo (ocorrido no passado) pode incorrer no  risco de destruir uma parte da história.

Sendo assim, que o vento leve, leve sim, a intolerância de todos os níveis: o racial, o religioso, o político;  leve  o radicalismo; a impaciência; sentimentos que não agregam, que não somam.

Que possamos deixar o passado no passado, que ele possa servir apenas como um marco da história, como um registro cultural, não podemos destruir ou modificar o que aconteceu, mas podemos mostrar para nossas crianças, principalmente para elas, que o RESPEITO ao outro, à sua cor, ao que ele pensa, à sua religião, aos seu posicionamento político, são sentimentos de foro íntimo, assegurados na nossa constituição e na Bíblia Sagrada.

 

 


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