Fase Amarela

Editorial
Guaíra, 25 de agosto de 2020 - 14h10

Quando entramos em isolamento social longe de tudo e de todos não pensávamos – nem em sonho – que iria durar tanto e que seria tão traumático e dolorido pela saudade dos abraços aos entes queridos.

A bem da verdade, nem pensávamos que todos daríamos conta de passar por tudo isso: mas passamos! Mesmo que ainda não haja uma abertura para voltar ao que era antes, há uma fissurinha, (pequena, ainda) vislumbrando com a possibilidade das cores das fases da pandemia se atenuarem até chegarmos na parte branca ou azul.

Hoje estamos vivendo o que as autoridades chamam de “Fase Amarela”.

Na prática o que significa estarmos na fase amarela?

Para o grupo de risco – aquelas pessoas que possuem as comorbidades (diabetes, pressão alta, asma, problemas cardíacos, etc) não muda muito. Pelo contrário, as informações que vem das autoridades dão conta que passamos das mais de 620 pessoas testadas positivas para o vírus, com mortes de amigos, conhecidos   da sociedade e como nem tudo é pode ser tão cruel, há também um número considerável de curados, que saíram ilesos dessa doença.

No entanto, estamos caminhando a passos largos para o aumento das pessoas infectadas. Todos os dias este número evolui e quando pensamos que chegamos ao pico e que a curva estaria diminuindo, lá vem novas informações de que há um aumento de casos.

Na verdade esta fase amarela é mais comercial. As normas vão ficando mais flexíveis para a abertura das empresas, das lojas, dos salões de beleza, das academias e afins, sem grandes policiamentos, mas sempre com os trâmites dos cuidados preconizados para se evitar o contágio.

Para uma cidade – pequena como a nossa – o número de positivados pode ser considerados alto, pois pelo andar dos acontecimentos, não demora, chegaremos a número mil. O de mortes também está aumentado.

E não adianta tentar encontrar  um culpado porque não existe apenas um. Todos somos responsáveis, e a irresponsabilidade de muitos  – lá no começo – se faz sentir agora, com o alastramento do vírus.

Enquanto não tivermos uma vacina – testada e comprovada – não há como falarmos em mudança de fases e nem de “novo Normal”. Que ela, a vacina, não demore pois a vida não pode parar.

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