Greve! Que greve!

Editorial
Guaíra, 29 de abril de 2017 - 08h00

Temos, por princípio, respeitar toda e qualquer greve por entender que se ela foi deflagrada é porque houve um motivo.

Mas, convenhamos, há greves e greves.

Quando uma categoria decide cruzar os braços é porque chegou-se ao limite de sua sustentabilidade e todos os envolvidos sabem exatamente o porquê daquela paralisação, certo?

Errado!

Temos notícias de que a maioria das greves acontecidas no nosso país não são plenamente justificáveis. E mais, que os componentes que engrossam as fileiras mal sabem o motivo pelo qual estão ali.

No entanto, não houve paralisação contra o maior esquema de corrupção da história; Não houve paralisação contra o partido que nos jogou em nossa mais profunda recessão; Não houve paralisação pelos 12 milhões de desempregados; Não houve paralisação contra uma eleição financiada por negociatas entre o rei e os empresários amigos do rei; Não houve paralisação contra a apuração secreta dos votos; Não houve paralisação contra a compra do Poder Legislativo; Não houve paralisação pela prisão dos responsáveis pela situação em que nos encontramos nem, muito menos, do chefe da quadrilha que idealizou tudo..

Tudo isso e muito mais!

Acontece que meia dúzia de gatos pintados bloquearam as principais vias do Brasil. No aeroporto Santos Dummont, funcionando normalmente, seis pessoas estão bloqueando o acesso das outras ao terminal. Os passageiros estão tendo que sair na chuva e caminhar com as malas para poder chegar ao aeroporto. São 6 pessoas atrapalhando cirurgias, exames marcados, compromissos inadiáveis, escola, trabalho…

linda a democracia brasileira. É a nova definição de democracia segundo os manifestantes. Enquanto isso, as padarias têm vendas recordes de mortadela.


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