Ignorância!

Editorial
Guaíra, 1 de setembro de 2020 - 15h34

A ignorância anda de mãos dadas com a falta de respeito!

Neste final de semana vimos – estarrecidos – que em pelo menos dois locais de nossa cidade houve aglomerações de pessoas. Houve festas! Agrupamentos! Fotos foram tiradas dos dois locais e já estão espalhadas por todos os grupos de WhatsApp existentes.

Onde ocorreram estas supostas aglomerações não vem ao caso, o que importa é a atitude dessas pessoas. Ouviram-se os estouros de fogos de artifícios, músicas altas até muito mais das 22 horas, (horário permitido para sons altos).

Pelas fotos postadas, aparentemente muitos dos participantes não estavam portando máscaras. Assim, verificam-se algumas irregularidades: primeira, ajuntamento de pessoas sem o espaço orientado pelo protocolo; segunda, não usavam máscaras; terceiro, o horário ultrapassou às 22 horas.

O resultado disso? Pode acontecer que estas pessoas, por serem jovens, são assintomáticas do vírus, de modo que não desenvolvem ou não desenvolveram a doença, no entanto, transmitem para outros seres humanos, como seus familiares, ao chegar em casa depois de uma noitada de irresponsabilidade. Transmitem também aos colegas de trabalho e, assim, o tão temido vírus vai sendo disseminado em nossa cidade, que já conta mais de setecentos casos confirmados rumando aceleradamente para os mil casos.

Para uma cidade do porte da nossa isso é assustador!

Os mortos também estão sendo contabilizados e toda semana perdemos uma pessoa querida – aqui mesmo – para esta doença.

Não dá para banalizar este vírus. Ele já ceifou vidas de vítimas que deixaram filhos, esposas, maridos, pais e sonhos.

Sempre entendemos que não deveria ser usada força policial para coibir abusos, festas em lugares públicos, aglomerações, que a responsabilidade por si e pelo próximo deveria existir por si só; mas estamos vendo que esta consciência não foi desenvolvida por uma parcela da população, que continua a vida como se não houvesse pandemia, não houvesse perigo de vida.

No entanto, diante dos fatos, temos que fazer um apelo para as autoridades policiais, porque é fácil de verificar onde estes excessos estão sendo cometidos, pois há sempre um som alto, gritos, risadas, que ecoam pela cidade.

É a vida de quem ficou cinco meses em retiro, em isolamento social, e de repente se depara com um cidadão desses  e se acomete como vírus  pela irresponsabilidade alheia.

Não dá para aceitar mais situações como estas!


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