Juntos e misturados

Editorial
Guaíra, 21 de julho de 2021 - 10h49

Há algum tempo, a política tentou separar as pessoas. Primeiro, tentou-se fazer a diferença entre ricos e pobres. Posteriormente, também ventilou-se a separação entre nordestinos e sulistas!

Era um tal de “nós” contra “eles”, que nunca deu e nem daria certo. O brasileiro é um ser único!

Não adianta a política, o preconceito, o bullying – ou coisa que o valha – tentar separar um brasileiro de outro brasileiro! Pois, o que a natureza sabiamente juntou, nem todos os “ismos” e “istas” do planeta conseguem separar.

Afinal, somos a maior nação de mestiços desse planeta. Como separar cada pedacinho de um ser que foi feito de vários outros seres?

Pensando assim, nessa miscigenação, é que devemos agir e pensar, porque estamos todos juntos e misturados, nesse balaio chamado Brasil que foi construído exatamente assim: na mistura dos mais variados povos do mundo.

Está cientificamente provado que no código genético do brasileiro se encontram – com facilidade – genes de vários países diferentes.  Querem um exemplo? A Polônia, Alemanha, Holanda, África, e portugueses se encontram facilmente nos genes de um só indivíduo tupiniquim.

Tudo isso sem falar nas misturas mais recorrentes, aqui, pertinho de nós, dos italianos, libaneses e japoneses que produziram indivíduos incríveis.

Esta “coisa” de cor de pele, cor de olhos e cabelos nos remete ao nazismo e todos nós sabemos a dor e o horror que foi essa tentativa de se criar uma raça “ariana”, coisa de imbecil, porque unificar uma raça é mera ilusão criada na cabeça de quem pensa com pouquíssimos neurônios.

Assim, por mais que fatores externos tentem fazer uma divisão, isso é quase impossível, porque o sangue nos une e fala mais alto. Parece até que cada pedacinho das características genéticas de cada indivíduo do mundo, fincou no brasileiro a sua melhor parte. Podemos não ter a elegância do francês, a pontualidade do inglês, o instinto laborioso do germânico; mas conservamos a alegria do italiano, o dom para o comércio dos libaneses, a dança do africano, a criatividade e amor pela agricultura dos japoneses, podemos até ter herdado a letargia dos nossos primeiros habitantes (os indígenas) mas, tem mais, toda esta mistura originou um ser ímpar, – o brasileiro – que tem um amor imenso por esta Pátria, por suas origens e por sua Bandeira.

É hora de assumir quem somos e, de uma vez por todas, entender que opiniões diferentes servem para enriquecer o bom debate, para alcançarmos um bem comum.


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