Mascates virtuais

Editorial
Guaíra, 8 de abril de 2020 - 23h58

Não vai longe o tempo, quem está beirando os cinquenta,  sessenta, setenta anos hão de se lembrar quando a economia era feita pela mãos hábeis dos mascates.

Iam de porta em porta, de fazenda em fazenda, levando malas cheias de roupas, calçados, perfumes e alguns utensílios para oferecer aos donos da casa. Geralmente eram bem-vindos! Marcavam tudo em uma “cadernetinha” e cobravam um pouquinho a cada mês.

Movimentavam a economia das cidades assim, até que se instalaram nas cidades, abrindo as lojas e não mais iam em busca dos clientes, esperavam que chegassem no seu comércio.

Hoje, por conta desse vírus, estamos de volta aos princípios que nortearam os antigos mascates. As lojas estão mandando os chamados “condicionais”, de modo que no conforto do lar, assim como antigamente, a pessoa escolhe, experimenta e decide o que ficar e devolve o que não lhe interessa.

Ainda há mais: Há ainda mais conforto para quem não quer ou não pode sair do aconchego do lar: a compra virtual! Ou seja, os mascates estão de volta, só que virtualmente!

É isso mesmo! Os empresários estão buscando formas criativas de atender seus clientes. Querem um exemplo? Temos vários,  mas vejam só o nosso jornal: estamos chegando até o assinante de uma forma digital, através do computador, dos celulares, das redes sociais, enfim! Já há empresas, como algumas farmácias, que é só clicar na propaganda delas em nosso jornal virtual que,  automaticamente,  se é direcionado para o WhatsApp daquele estabelecimento. Aí é só fazer o seu pedido!

Ainda há mais: a educação que era dada dentro do lar nos primórdios deste século voltou a ser feita de maneira sistemática nas mesas da cozinha. Mães e pais que nem sonhavam em virarem professores (têm outras profissões) estão aprendendo a – com o apoio pedagógico dos professores à distância –ensinar seus próprios filhos, como era feito antigamente!

Nada disso está sendo fácil! Estamos passando pela reformulação – forçada é verdade – de procurarmos novos rumos, novos horizontes, novos paradigmas e o homem do ano de 2020 está se reinventando! Como preconizavam alguns: ninguém sairá igual ao que era antes dessa pandemia; se sobrevivermos sairemos e seremos melhores, muito melhores!


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