Há hoje três tipos de mentiras. Há a óbvia mentira, que é feita para ter algum benefício próprio, a chamada mentira negra (“Ele que me bateu primeiro”); tem a mentira branca, aquela que você usa para fazer bem a uma pessoa (“Claro que adorei as meias, tia”); e há também a chamada mentira azul, aquela que vem com o propósito de um bem maior, por exemplo, a Princesa Leia mentindo sobre a localização da base rebelde, para aqueles que são apaixonados pela Guerra nas Estrelas.
É interessante como os políticos do século XXI vem usando as “mentiras azuis” como nenhuma outra. Mentem descaradamente, seus eleitores sabem que tudo que eles falam é mentira, mas mesmo assim não o criticam, por acreditarem que sua mentira é para um “bem maior”. Imposição de um plano de governo que eles acreditam ser o ideal, segurança nacional, ou evitar que um golpe da mídia e do Ministério Público os coloque atrás das grades.
E tal qual a corrupção, o uso da mentira azul não difere ideologia. Vai desde a direita de Trump, que chegou inclusive a dizer que no dia da sua posse não choveu – mesmo o evento tendo sido transmitido ao vivo para o mundo todo que viu a chuva constante durante todo o evento – até Lula com… Bem, com Lula a lista é enorme.
Praticamente todo governante usa ou usou da mentira azul, mas o que estamos observado é um uso que extrapola o bom senso, como o dizer que não chove enquanto você sente os pingos de chuva na cabeça ou dizer que não é dono de apartamento tríplex algum com fotos da sua mulher coordenando as obras da reforma.
E mesmo seus eleitores conscientes da natureza da mentira, continuam a apoiá-los incondicionalmente. A mentira passou a fazer parte da ideologia.
Depois do comunismo e do populismo, males já derrotados por todo o mundo civilizado, o uso excessivo das mentiras azuis, ou “verdades alternativas” corre solto por aí. Até por nossa pequena e desconhecida Guaíra!