Quando se fala em “movimentos sociais”, a primeira coisa que vem à cabeça é que se trata de alguma atitude visando favorecer que mais necessita.
O incêndio que aconteceu neste feriado, que está massificado em todas as mídias – não se assiste a nenhum programa sem que apareça um flash dessa tragédia – aconteceu para desmistificar o chamado “movimento social” promovido por algumas facções criminosas que dominam os prédios públicos abandonados.
Este pessoal – que dificilmente será preso e julgado – vive da miséria dos mais miseráveis. Quem reside – precariamente – em um desses prédios, que são de propriedade do poder público, federal ou estadual, cobram aluguéis mensalmente de valores variáveis.
A título de manutenção de água – que só é liberada à noite –, de luz e do pagamento de um porteiro (pasmem, têm porteiros!), a família paga de acordo com o número de membros que residem nos tais prédios. Quanto maior a família, maior o valor do aluguel.
Agora, se o prédio não tem um dono específico, já que está em tramitação passando do governo federal para o estadual, se a energia elétrica é feita através dos “gatos” e são puxadas das redes elétricas das ruas, por qual motivo o morador tem que pagar aluguel? Quem fica com estas quantias, já que moram nestes prédios muito mais do que 100 famílias? Já fizeram uma conta rápida para ver que cobrar daqueles miseráveis que moram sem a menor dignidade de tornou um ótimo negócio para alguns?
Esperamos que esta tragédia, onde morreram inocentes, tenha servido de lição para se chegar até esta facção criminosa – mais uma no nosso país – e que isto seja erradicado de uma vez por todas.