Novo câncer do século

Editorial
Guaíra, 30 de agosto de 2017 - 10h21

O Ministro do Supremo, Gilmar Mendes, é realmente uma figura ímpar.

Quando a Lava Jato “pegava” petistas e seus apoiadores, o ministro votou para que a pessoa fosse presa após condenação na segunda instância.

Foi só a Lava Jato estender suas garras para o PSDB e PMDB que o papo do “não é bem assim” apareceu de imediato, e ele já fala serenamente e até se pensa em mudar o voto.

Esse é o problema, quando a pessoa se posiciona, não com aquilo que se considera o certo, mas sim baseado em ideologias pessoais.

O mesmo vale para os “lulistas”, que antes eram contra Gilmar e agora veem o juiz do Supremo como a salvação de Lula. Ou para os “Temeristas”, que foram a favor do afastamento de Dilma e não de Temer.

Ou ainda do próprio Gilmar Mendes, que absolveu a chapa Dilma – Temer pela surreal e inédita desculpa de que havia “excesso de provas”.

No entanto, nada que o Ministro está fazendo passa despercebido pela população.  Ele foi alvo de críticas, neste domingo (27), no protesto organizado pelo movimento “Vem Pra Rua”, realizado na Avenida Paulista (região central de São Paulo). Com pouca adesão, o grupo de manifestantes se reuniu por cerca de duas horas em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) e seguiu em passeata no sentido do Paraíso, no meio da tarde. O protesto terminou por volta das 17h.

“Ô Gilmar Mendes, presta atenção, soltar bandido é trair uma nação”, chamou em coro um dos integrantes da organização, em cima do caminhão de som estacionado na Avenida Paulista. Uma charge com o rosto de Mendes coberto de baratas foi impressa em cartazes com as palavras “lacaio, toga suja, quadrilheiro”, entre outros insultos…

Essa tal de ética relativa é o novo câncer do século da sociedade moderna.


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