O mundo de hoje oferece um bagunçado, cheio, barulhento e partidário ecossistema de notícias. Mesmo assim, nunca na história tanta informação esteve disponível, acessível e facilmente compartilhada. O perigo está nas fontes poluídas, nas notícias falsas, nas mentiras fornecidas e que são embaladas como verdade.

Veja o exemplo do Facebook, Mark Zuckerberg observou que apenas 1% do conteúdo da plataforma é falso. Embora isso possa ser verdade, isso não importa. Se eu te der uma caixa com doces e prometer que apenas um deles está envenenado, você vai jogar a caixa inteira fora. Apesar de não ser muito, se é impossível saber o que é verdade, os usuários estão condenados.

Portanto é preciso ter cuidado ao consumir informações de plataformas digitais e ter em mente  que mesmo que a maioria seja honesto, existe sempre a chance de um único conteúdo falso envenenar toda a comunidade.

As mídias sociais podem ser mais rápidas que o jornalismo ao relatarem notícias de última hora, mas nunca vão substituir o jornalismo. Está claro que os meios tradicionais nunca mais terão o monopólio dos fluxos de informação. Qualquer pessoa pode publicar online sobre qualquer evento. Mas isso não é jornalismo, que é essencial para as democracias.

A mídia social não é jornalismo, é um meio, como a TV ou o rádio, por onde o jornalismo viaja. As plataformas sociais foram inundadas por aqueles que patrocinam notícias falsas , ampliando as histórias fabricadas de um jeito que nunca tinha acontecido antes. Os algoritmos que recomendam conteúdos dificultam, ainda mais, que as audiências tenham contato com outros pontos de vista, deixando a ilusão que você escolhe aquilo que quer ler, quando na verdade é levado a ler aquilo que eles querem que você leia.

Mas, em muitos aspectos, todas essas mudanças tornaram mais valioso o bom jornalismo . A prova de que as pessoas se ligam a marcas e pessoas nas quais confiam em tempos de incerteza e isto pode ser visto no recente aumento de assinaturas de conteúdos de boa qualidade . O jornalismo está mudando, mas não vai desaparecer tão cedo.