“O pai da cidade”

Editorial
Guaíra, 11 de março de 2022 - 08h00

 

 

Muitos daqueles que chegam a ser chefe do executivo de uma cidade, sempre tem em mente uma pergunta “como  faço para ser um bom prefeito”? O temor de cometer infrações e improbidades é constante e aqueles que não tem uma boa retaguarda jurídica e administrativa, se perdem na burocracia e se afastam do conceito almejado de “bom prefeito”.

 

Esta ideia de bom gestor público está diretamente associada à satisfação da população em relação ao bem comum. E como a opinião pública faz essa avaliação? Será que é aquele administrador que faz mais obras ou aquele que trabalha mais tempo em seu gabinete?

 

Temos observado que aos olhos da população o gestor eficiente é aquele que conquistou o “título” de “pai da cidade”. Não no sentido clássico de paternalismo e assistencialismo e sim aquele que segue algumas lógicas, como presença e segurança política, indicação de rumo e realização e entrega de bons serviços. 

 

Escolher um bom time, com metas bem definidas e  interligadas para cada um. Ampliar serviços e torná-los cada vez mais eficientes, mesmo com recursos escassos, as ações devem ser realizadas com racionalidade, otimizando resultados. Mas tudo isso tem que ser bem comunicado. Esse diálogo com a população demonstra o rumo de suas ações e gestão, facilitando um maior  engajamento em projetos de governo. 

 

Esse tripé, time, bons serviços e projetos e a comunicação formam a base de uma boa administração, onde a população percebe que aquele que se propôs a conduzir a cidade, realmente se preocupa com o município, e indiretamente o associa ao “pai da cidade”.

 

Acontece que colocar em prática este tripé , muitas vezes esbarram na energia gasta na solução de conflitos internos que nada tem haver com a melhoria da administração pública, interferindo diretamente  na eficiência que se busca na prefeitura, e pior, o debate que deveria ser sobre o  conceito de “bom prefeito”, passa a ser de “bom político”.

 

É, como diz a sabedoria popular, “um bom político, necessariamente, não é um bom prefeito. Já um bom prefeito, obrigatoriamente, será um bom politico”.

 


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