O que fazer?

Editorial
Guaíra, 23 de maio de 2021 - 14h03

Nunca se viu tantas incertezas e decisões confusas como as tomadas pelos governantes durante essa pandemia do novo coronavírus. Fechar tudo? Não resolveu e atrapalhou a economia. Deixar aberto? Risco de aumento dos casos.

Mas um meio termo estava “ajudando” a minimizar o caos que a Covid-19 trouxe para os municípios. Apesar da fase, em Guaíra, os estabelecimentos estavam conseguindo “lidar” com as dificuldades financeiras, com delivery e drive-thru, portas meio abertas e tentavam se inovar para driblar a crise. 

O problema é que a fase de transição do governador Dória flexibilizou muita coisa em um momento muito delicado. E isso não trouxe bons resultados. A região volta a apresentar 100% de taxa de ocupação em seus leitos de UTI e a falta de vagas continua fazendo vítimas diariamente. Barretos fez um alerta, já que o Hospital Nossa Senhora não oferece mais seus 52 leitos de alta complexidade para atender os pacientes positivados para a doença e a Santa Casa de Misericórdia do município vizinho encontra-se lotada e sem qualquer disponibilidade para mais vítimas em sua Unidade de Terapia Intensiva.

Araraquara, que antes estava com números razoáveis e conseguindo controlar, novamente anunciou Lockdown, independente da decisão do Estado, pois os casos estão aumentando e o governo de lá sabe que a saúde pública está em colapso.

Os relatos dos profissionais de saúde assustam… Por consequência do feriado do dia das mães, quase duas semanas depois, famílias inteiras estão positivadas e buscando o atendimento de urgência, apresentando os sintomas da covid-19. 

Tudo isso vai na contramão com o que nos deparamos no Parque Maracá nos últimos dias. As pessoas, simplesmente, caminhando pelo calçadão (muitas sem máscaras), reunidas nas quadras esportivas, em grupos com som e bebidas em diversos locais públicos… Tudo isso de uma maneira bem tranquila, como se não estivéssemos em pandemia.

Não só Guaíra, mas o brasileiro relaxou… Não se sabe se é a ilusão de que está tudo bem ou se é ignorância mesmo de desafiar as consequências de um vírus mortal como esse.

Há pouco tempo, o promotor do Ministério Público chegou a fazer um alerta para que a prefeitura aumentasse sua fiscalização, promovesse a conscientização, assim como as autoridades policiais. Será que isso deve ser feito novamente?

Porque, infelizmente, sabemos que é necessário maior fiscalização, já que as atitudes inconsequentes de algumas podem  atingir muitas.


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