O quadragésimo encontro dos agrônomos não foi apenas uma confraternização. Foi uma celebração daquilo que o campo ensina de melhor: o valor da continuidade. Quarenta anos depois, eles seguem reunidos, lado a lado, como quem sabe que o solo mais fértil é o das relações cultivadas com afeto, ética e propósito.
Em tempos em que tudo parece descartável, das amizades às certezas, há algo de profundamente inspirador nesse gesto coletivo de permanecer. Permanecer junto, permanecer fiel a uma vocação, permanecer acreditando que vale a pena cuidar do que leva tempo para crescer. É uma lição que vem da terra, mas que fala à alma.
O agrônomo entende como poucos o sentido de paciência e de esperança. Sabe que cada safra é um novo começo, mas também uma consequência do que foi feito antes. E é justamente essa consciência de continuidade que transforma a profissão em missão. Eles não apenas trabalham com a terra, trabalham com o tempo.
Quarenta encontros. Quarenta anos de histórias, de risos, de parcerias e de uma cumplicidade que nem o sol, nem as intempéries apagaram. Porque há laços que, como as boas raízes, resistem às estações e se fortalecem com o passar dos anos.
Que este exemplo inspire outros caminhos, outras profissões e outras vidas. Que a pressa do mundo moderno nunca consiga arrancar da gente essa sabedoria antiga: a de que o que realmente vale a pena é o que se cultiva com respeito.