Atualmente, o que mais apavora os brasileiros é a possibilidade do Coronavírus se alastrar pelo país, como tem acontecido na China.
No entanto, o que está matando os brasileiros tem duas causas: a chuva e a dengue!
Com a possibilidade dessa epidemia – que diga-se de passagem ainda não tem nenhum caso confirmado no Brasil – chegar por aqui, as autoridades sanitárias, o povo em si, têm deixado de lado o que mais interessa no momento.
E o que vem em segundo plano, mas que deveria estar no plano principal, no momento, são as enchentes e os prejuízos causados por elas! Viram o caso do CEAGESP, quantas toneladas de alimentos foram descartadas porque estiveram submersas em águas poluídas? Vai acontecer um desabastecimento e são incontáveis os danos causados pelas enxurradas que devem levar um tempo considerável para normalizar. Já pensaram nas pessoas que perderam tudo? Suas casa, seus móveis, suas roupas, os terrenos onde estavam suas moradias… Nada mais existe!
Quando as águas abaixarem, ainda se levará muito tempo para a rotina se tornar algo de considerável na vida daquelas pessoas. Os empresários que também perderam todo o seu patrimônio estão sofrendo com essa epidemia de destruição e de estragos.
Ao lado das enchentes, o que preocupa é o que virá depois: as doenças, o desabastecimento, os bens materiais perdidos, enfim, quando a televisão tirar o foco dessas destruições, todos tentarão seguir em frente e quem perdeu tudo, inclusive entes queridos, que hoje somam-se seis pessoas, ficarão com as marcas deste ano atípico, cheio de imprevistos.
Mas, a Dengue também está rondando por aí e mata muito mais do que o Coronavírus, no caso do Brasil.
Nunca começamos um ano com tantos medos, com tantas catástrofes e com tantas preocupações.
Acontece que o brasileiro é por natureza um ser solidário. Não conseguimos assistir passivamente o que acontece na China, em Belo Horizonte, em São Paulo e no Estado do Espírito Santo sem sentir alguma emoção, como se não nos atingisse de alguma forma.
Há uma angústia coletiva quando acontecem estas tragédias. Sentimos o impacto como se acontecesse conosco. Não temos enchentes, não temos coronavírus, mas temos a Dengue, e está bem no nosso quintal.