As palavras podem soar fortes, mas foram proferidas pelo vereador Edvaldo Morais e ratificadas por José Mendonça – que ocupou a tribuna para discorrer sobre o problema que aflige nosso hospital.
Contra números não há argumentos. Contra fatos também não! Os números e os fatos apontados pelos edis (Edvaldo Morais, Zé Mendonça, Reginaldo Moretti, Bia Junqueira) convergem para uma má gestão na Santa Casa de Misericórdia.
Em março deste ano, a Câmara contratou uma empresa para fazer uma auditoria nos documentos que tramitaram dentro daquele hospital. A conclusão é estarrecedora: documentos alterados, contratos com médicos não formalizados, documentos importantes inexistentes, inexistindo também controle sobre os insumos dos medicamentos usados diariamente e tantas outras irregularidades que será tarefa difícil para a atual administração (Jonas Lelis) colocá-la novamente nos trilhos.
O antigo provedor – peça chave na administração passada do Sr. Sergio de Mello – recebia, segundo os parlamentares, um adicional de 80% no seu salário para administrar nosso hospital. E ainda segundo discurso veemente dos edis, proferidos na última sessão, sigilos de contas devem ser quebrados e fez-se, ainda, um apelo para o Ministério Público examine a fundo todos os documentos, números, papéis, e-mails, repasses, pagamentos, feitos nos últimos anos para que se chegue ao ralo por onde se escoava o dinheiro público que era enviado para a Santa Casa.
Quando, há quatro anos, a provedoria da entidade foi substituída para dar inicio à desastrosa era Mello, havia uma dívida pequena até pagável e muitos projetos (incluindo aí uma UTI), mas tudo foi virando uma bola de neve até chegar ao surpreendente número de uma dívida de mais de 5 milhões de reais.
O povo de nossa cidade é pacífico, mas não passivo. Através da mídia e das redes sociais temos acompanhado o desenrolar dessa investigação, esperando que culpados sejam punidos.