O governo canadense tem adotado políticas de imigração para suprir a falta de profissionais no país, oferecendo programas de autorização de trabalho temporário e visto para estrangeiros. E muitos profissionais como enfermeiros, arquitetos, da área de marketing e construção civil têm aproveitado esta oportunidade, superando inclusive as dificuldades de adaptação cultural típico dessas migrações.
Uma boa notícia para nossos talentos profissionais e para o Canadá, mas preocupante para o Brasil e os brasileiros. Essa situação tem prejudicado o crescimento econômico do país, que sofre com a falta de profissionais qualificados em diversas áreas.
Enquanto outros países investem pesado para atrair novos profissionais, por aqui nossas políticas públicas pecam em formatar mecanismos eficazes para reter e atrair talentos. Ao invés de adotar políticas que valorizem e incentivem o desenvolvimento dos talentos nacionais, garantindo um futuro mais promissor para o país, temos no perdido em discussões que nada contribuem para “premiam” a qualidade da nossa mão de obra, desvalorizando muitas vezes o que temos de melhor.
O Brasil precisa com urgência se aprofundar sobre os mecanismos que movem a economia e o que precisa ser feito para que nossos jovens possam ao saírem dos bancos escolares encontrem no mercado, oportunidades que possam lhe dar uma maior segurança. E isto passa por uma discussão mais inteligente sobre educação, capacitação, sistema tributário justo, investimentos transparentes e centenas de outras coisas que têm sido relegadas as esferas menores na lista de prioridades.
O brasileiro trabalha em média meio ano para contribuir com o Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário),para que ele cumpra o seu dever constitucional de promover as mudanças necessárias para uma melhor qualidade de vida para todos, o que não vem ocorrendo há anos.
É hora de “trocar o disco” e começar a buscar soluções que interferem diretamente no dia a dia de cada brasileiro que forma esta nação. Caso contrário, continuaremos a perder tempo com conversas vazias que não nos levam a lugar algum e continuaremos a perder nossos profissionais mais qualificados para outros países, que muitas vezes migram com suas famílias e ajudam a girar a roda da economia de outros países.