Depois de muitos anos temos no quadro de colaboradores da prefeitura um profissional da área de arquitetura e urbanismo. Erroneamente muitos acham que este profissional tem apenas atribuições atreladas a construção civil, como projetos, reformas e etc. Talvez seja esse um dos motivos que as administrações passadas deram pouco valor a este profissional e até equivocadamente extinguiram o cargo do quadro de funcionários. Acontece que esta formação abraça uma outra, que cuida especificamente das questões da cidade, o urbanismo.

Com certeza o profissional de arquitetura e urbanismo terá muito trabalho dentro do cargo que ocupa, mas também carrega a responsabilidade, muitas vezes oculta, de mostrar à sociedade o quanto pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Mas qualquer que seja o plano proposto, só terá mais chance de êxito, se tiver fundamentado em um bom diagnóstico local. Que seja um diálogo com a sociedade, que estimule o sentimento de pertencimento e fortaleça a identidade local, onde a memória dos lugares e as características e singularidades culturais de seus moradores são levadas em conta para o estabelecimento do plano de ações e estratégias prioritárias do Município.

Não se trata apenas de preparar documentos elaborados por especialistas, mas sim uma reflexão ordenada sobre as condições do quadro atual do Município (território e capacidades) conduzida por técnicos e sociedade local, atuando principalmente na conscientização de lideranças políticas e comunitárias, sobre o que deve ser feito para transformar as condições atuais, visando obter melhores índices de desenvolvimento humano, de competitividade econômica entre outras.

Portanto, um diagnóstico bem feito não é apenas um documento, mas sim uma ferramenta poderosa de gestão. O problema é que muitos “gestores” espalhados pelo Brasil acham que todas as cidades são iguais. Podem até ser semelhantes, mas cada uma tem suas particularidades e costumes.

Aplicar fórmulas prontas muitas vezes estão fadadas ao fracasso, ou simplesmente é mais do mesmo. Afinal como disse Albert Einstein  “loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual “.