Em menos de um mês nossa cidade foi assolada com a notícia de dois assassinatos.
O primeiro crime envolveu dois amigos de infância, com famílias conhecidas e abalou os cidadãos de Guaíra. Até agora, a motivação deste assassinato ainda gera algumas considerações, mas, com certeza, deixou os familiares em estado de desconsolo e extremamente tristes.
O segundo crime também envolveu pessoas conhecidas e a motivação do crime – violento – está aos cuidados dos policiais. Porém, não deixa de ser uma tragédia para quem perde um ente querido de forma tão inesperada.
O que mais impressiona é que não há dúvidas de que nossa cidade está passando por um “inferno astral”, deixando todos assustados e temerosos.
O problema é que ainda consideramos Guaíra como município de porte pequeno e que, em tese, deveria passar longe de atitudes tão radicais como estas.
No entanto, temos que nos conscientizar de que não há mais como deixar o portão da frente destrancado, não há mais possibilidade de se entrar noite adentro conversando sentada na calçada, não há mais sossego em deixar os filhos saírem e voltar a hora que quiserem, como também não há mais despreocupação com as amizades que nossos filhos e netos nos apresentam.
A violência veio contaminar os pequenos gestos e prazeres tão comemorados em tempos não tão longínquos assim.
Quando vivenciamos que um bebê que foi atingido por uma bala perdida dentro do útero materno, que ficou paraplégico devido a este incidente, mesmo antes de nascer, temos que achar mesmo que é o sinal do final dos tempos.