Furtos de fios de cobre continuam causando prejuízo

Apesar do bom trabalho que vem sendo realizado pela polícia militar e guarda civil, com prisões em flagrante de pessoas furtando fios, o delito ainda continua.

Cidade
Guaíra, 12 de janeiro de 2022 - 15h10

As ações dos criminosos em busca de metais, sobretudo o cobre, têm provocado cada vez mais prejuízos às cidades. Em Guaíra, apenas nos últimos 5 meses, foram furtados a fiação da Praça  Vicencina, escolas municipais e creches(todas mais de uma vez), estádio municipal, bosque 2 vezes, entorno da Casa de Cultura, vôlei de areia, pista de skate, quadra basquete, praça do garapeiro no lago, cemitério municipal, postes de led no entorno do lago, canhão do lago, até a antiga algodoeira não escapou.

O furto de cobre, foco dos ladrões com a retirada dos cabos usados no fornecimento de energia elétrica e de telefonia, explodiu em todo o país, em um negócio ilícito que desconhece crise e tem causado muitos prejuízos à sociedade. Traduzindo em números: em todo o estado de São Paulo em 2020 foram furtados ou roubados 1,167 milhão de metros de cabos de telefonia, segundo a Brasil Conexis Digital, entidade que representa as operadoras. A monstruosa quantia equivale a três vezes a distância da Terra até a Lua, ou 27 vezes a circunferência do globo terrestre.

 Em Guaíra, não temos até o momento o valor gasto pela prefeitura para repor estes materiais, mas qualquer que seja, poderiam estar sendo destinados a saúde, educação e assistência social, e os prejuízos não são só financeiros, mas também à iluminação, telefonia, internet, e o mais grave interrupção no fornecimento de energia elétrica em postos de saúde,  praças e escolas.

 Vários municípios estão se movimentando para aprimorar suas leis, para inibir a ação desses criminosos, como o caso PL-0234/2021 da Câmara Municipal de São Paulo, que em sua justificativa alerta “…o que a grande maioria da população conhece são pequenas porções de fios que muitos consideram pequenos furtos cometidos em sua maioria, por usuários de drogas e moradores de ruas cooptados pelas quadrilhas…”, ou o Projeto de 01-00234/2021 do vereador da capital paulista Delegado Palumbo (MDB), que dispõe sobre fiscalização nos “ferro-velhos” estabelecimentos de comercialização de material metálico denominado sucata, como medida de prevenção e combate ao furto e roubo de cabos, fios metálicos, tampas de bueiro, placas de lápides e crucifixos de bronze e outros similares. Em Campo Grande, um projeto de lei que tramita na Câmara Municipal quer determinar que a comercialização de cobre, alumínio e estanho só poderá ser realizada com comprovação da procedência do material. Na proposta, está prevista a comprovação em qualquer objeto que contenha os materiais.  Inclusive em algumas das propostas  impõe multas as empresas receptoras, sem comprovação de procedência, que vão de 100 mil a 1 milhão de reais e cassação do alvará de funcionamento.

 Iniciativas como estas  são bem vindas, para se somar aos esforços da fiscalização e da polícia no combate a essas quadrilhas. Afinal trata-se de um prejuízo milionário à toda sociedade pois as apreensões ocorrem depois que os fios de cobre já foram subtraídos e os prejuízos foram feitos, mesmo com um forte trabalho de investigação que mapeie pontos de coleta, quadrilhas e receptadores, ferros-velhos clandestinos e empresários que dão ar de legalidade ao material, as detenções não devem se limitar às formigas operárias, mas também as carretas com toneladas de cobre roubado que continuam a circular pelas rodovias do país.

 


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