A peregrinação, com um percurso de aproximadamente 18 quilômetros, culminará em uma missa celebrada pelo padre Edisson Pátaro, da Paróquia de São Sebastião, às 8 horas, na capela dedicada ao Escravo Pindoba, localizada na fazenda de mesmo nome.
O evento, organizado há muitos anos pelo comerciante Orlandinho Gutierrez, conta com amplo suporte da Prefeitura de Guaíra, que mobiliza diversas secretarias e departamentos para garantir a segurança e o bem-estar dos romeiros.
A Prefeitura oferece suporte logístico e infraestrutura, incluindo ambulância, ônibus para o retorno dos participantes, equipes da Guarda Municipal, tendas, sistema de som e bancos no local. A mobilização envolve setores como Cultura, Secretaria de Agricultura, Departamento de Estradas Rurais e Limpeza Pública, todos coordenados pela Diretoria de Cultura, Turismo, Esportes e Lazer.
A diretora de Cultura, Deise Garcia da Silva, reuniu-se nesta segunda-feira, dia 6, com o organizador Orlandinho Gutierrez, o chefe do Departamento de Turismo, Tarcísio José de Sousa Rodrigues, e o chefe do Departamento de Esportes, Rodrigo Lawrence Alves, para alinhar os últimos detalhes da organização.
A Romaria à Capela do Pindoba é uma celebração que une moradores e visitantes em um momento de espiritualidade e tradição. A jornada promove a integração entre diferentes setores da cidade, reforçando o papel da fé como elemento de coesão social.
História

Naquela época, a estrada vicinal Guerino Talarico, conhecida como estrada do Guaritá, era a única rota para quem seguia em direção ao estado de Minas Gerais. Inicialmente, a pena de Pindoba seria o exílio em Minas Gerais, mas, ao chegar às proximidades de onde ele seria sepultado, os jagunços encarregados do castigo decidiram enterrá-lo ali mesmo, poucos quilômetros antes do destino final.
A tortura foi ainda mais cruel. Pindoba foi deixado próximo a pratos de comida que não podia alcançar e exposto a picadas de insetos, atraídos pelo melado espalhado em seu rosto. Essas condições levaram à sua morte, transformando-o em um símbolo de sofrimento e resistência.
Desde então, os moradores de Guaíra, conhecedores dessa história, realizam caminhadas até o local onde Pindoba teria sido martirizado. No local, foi construída uma capela em sua memória, perpetuando sua trajetória como parte do patrimônio cultural e histórico da região.


