Guairense representa o Estado em Conferência Nacional de Saúde

Segundo Anderson, a constatação no evento aponta para extinção de uma das principais políticas públicas do mundo: o SUS

Cidade
Guaíra, 7 de março de 2018 - 09h39

A 1º Conferência Nacional de Vigilância em Saúde aconteceu entre os dias 27 de fevereiro e 02 de março, em Brasília-DF, com a presença de Delegados de todos Estados do Brasil, cada qual levando propostas de melhorias para atender as necessidades de suas áreas. Guaíra e região, não diferentes do restante do país, estiveram representadas pelo Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Guaíra, Anderson Aparecido de Lima.

Entre as melhorias propostas, estavam: financiamentos (ampliação dos valores repassados pelo SUS) e acesso integral à Saúde (especialidades, continuidades dos tratamentos de doenças, exames), havendo também debates e discussões, as quais apontaram fortes críticas à Emenda Constitucional 95/2016, que congela por 20 anos os investimentos no Sistema Único de Saúde.

Segundo Anderson, a constatação no evento aponta para extinção de uma das principais políticas públicas do mundo.

“Se o SUS, que garante Saúde gratuita e de qualidade para todos, morrer, milhares de pessoas serão diretamente afetadas. Estamos dentro de um cenário preocupante, o qual indícios de retrocessos são identificados de forma cada vez mais rápida, como redução de investimentos fundamentais para a saúde da população brasileira”, demonstrou o presidente do CMS de Guaíra.

Lima ainda apontou que a Nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) – Postos de Saúde da Família – foi reformulada pelo Ministério da Saúde (MS) sem diálogo com o Conselho Nacional de Saúde e com os Agentes de Saúde. As mudanças afetam diretamente a população mais carente e os profissionais que atuam na execução da política nos territórios, retirando a obrigatoriedade mínima de Agentes Comunitários de Saúde, fragilizando o processo, profissionais e a cobertura dos territórios.

“Nós precisamos nos somar, nos qualificar, tomar posse daquilo que está definido como nossos direitos básicos previstos na Constituição Federal de 1988. Temos que cobrar do poder público junto aos Conselhos de Saúde, entidades da sociedade Civil e movimentos sociais para que não tirem de nós uma das maiores políticas de saúde do mundo. Lutar pelo SUS é também lutar pela democracia. O SUS não pode morrer!”, finalizou Anderson.


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