IORM reinventa sua prática pedagógica para superar o Isolamento social

Exercícios dirigidos por meio de grupos de whatsapp têm unido professores a seus alunos e às famílias ao IORM

Geral
Guaíra, 29 de abril de 2020 - 23h24

A pandemia do coronavírus impôs uma nova realidade provocando a necessidade de ajustes e revisões no dia a dia das organizações do Terceiro Setor. Com o Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça não foi diferente. As aulas presenciais dos projetos oferecidos para os mais de mil jovens, adolescentes e crianças assistidos em Ipuã, Guaíra, Orlândia e Miguelópolis estão suspensas desde o dia 23 de março. Os profissionais e educadores do Instituto estão praticando isolamento social desde o dia 1º de abril.

O desafio de encontrar caminhos para produzir e disseminar conteúdo e estabelecer uma ponte entre projetos e alunos assistidos uniu toda a equipe artística, administrativa e psicossocial do IORM, garantindo a continuidade aos trabalhos programados. “A proposta mobilizou os profissionais para a construção de um fio invisível que possibilitasse o alcance do maior objetivo: a ligação das crianças e suas famílias à instituição. Então, para este momento de pandemia, o processo foi exaustivamente pensado para harmonizar todos os alunos, novos e antigos, mantendo e respeitando o isolamento social”, comenta a coordenadora artística Valéria Pazeto.

Partindo de tecnologias acessíveis a todos, como o whatsapp, os educadores do IORM gravaram vídeos com até três minutos de duração apresentando sequencias de exercícios para todas as modalidades artísticas ofertadas pela Usina da Dança, como o ballet, jazz, contemporâneo, música, expressão corporal, convivência e literatura. Os vídeos foram uma forma encontrada para manter o contato entre alunos e professores e entre família e o Instituto, virtualmente; compartilhados nos grupos de WhatsApp dos responsáveis pelas secretarias de cada uma das quatro cidades. “Também demos a oportunidade dos alunos conhecerem outros professores e suas aulas. Esta foi a maneira encontrada de, em meio a Pausa do Mundo, promovermos o Movimento do Corpo e descobrir que, mesmo na pausa existe movimento”, conta Valeria.

A preocupação da equipe do IORM foi de evitar riscos durante as atividades propostas. O foco foi voltado para os exercícios lúdicos, de forma a não machucar as crianças, já que os educadores não estão lado a lado acompanhando as atividades.  A instituição partiu do pressuposto que nem todas as famílias contavam com wi-fi, por isso os vídeos foram compactados para consumir menor banda e a integração entre conteúdos propostos pela equipe artística.

Avaliação
A forma de avaliação das atividades virtuais foi outro ponto de debate. Assim, como alternativa, o IORM criou as “agendinhas”, um diário onde cada criança deve escrever e/ou desenhar sobre esse período fazendo um dia a dia das postagens de atividades online para acompanhamento dos educadores. Valeria conta que, ao final do período de distanciamento social, as agendas serão recolhidas e discutidas durante aulas presenciais.


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