Escolas estaduais paulistas dão exemplos ao Brasil

Opinião
Guaíra, 17 de dezembro de 2017 - 15h04

Por Welson Gasparini

Sem qualquer dúvida – conforme comprova o sucesso de países como a China, a Coreia do Sul e outros mais – o desenvolvimento de uma nação está vinculado, indissoluvelmente, à questão educacional. Infelizmente, são muitas as notícias e reportagens da imprensa falando da precariedade do ensino no Brasil citando, mesmo, alunos de segundo ou terceiro ano incapazes de interpretar um texto ou de fazer um simples cálculo matemático.

Fiquei muito feliz, assim, ao abrir as páginas do jornal “Folha de S. Paulo” e encontrar um artigo do professor Renato Feder, assessor técnico no gabinete do secretário de Educação do estado de São Paulo, no qual ele anuncia a existência, no interior de São Paulo, de escolas públicas de qualidade internacional; são exceções, é verdade, mas existem e merecem ser exaltadas…

Não é feio copiar – conforme já escrevi outras vezes – o que é bom. Pelo contrário, é inteligente. Segundo o professor Renato em Taquaritinga e outras cidades daquela região – entre tais Itápolis, Borborema e Dobrada – as escolas públicas estaduais estão entre as melhores de todo o Brasil.

Mais importante: a maioria possui notas do Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – acima de seis. Conforme o Ministério da Educação, isso equivale a uma nota do Pisa – um teste internacional de educação –  acima da média dos países desenvolvidos.

É difícil de acreditar, mas vale repetir:  em Taquaritinga, Itápolis, Borborema e Dobrada, as escolas públicas estaduais estão não só entre as melhores do Brasil mas, sim, entre as melhores do mundo.

Por que, então, não se copiar o que lá fizeram os diretores e professores para conseguirem –  como conseguiram – alcançar essa nota superior às de escolas internacionais?

Para entender esta questão, o professor Renato Feder visitou essas escolas estaduais e conversou com alunos, professores e líderes escolares. A resposta veio de forma muito clara: o resultado adveio da motivação dos profissionais e das práticas pedagógicas aplicadas pelo dedicado time educacional, o empenho em colocar –  em primeiro lugar – o aprendizado do aluno; nelas as provas são levadas muito a sério, principalmente as avaliações, ocorridas bimestralmente. Como elas medem o processo de aprendizagem, após sua realização, os resultados são cuidadosamente analisados pelos professores, verificando o que os alunos aprenderam e o que não conseguiram entender.

Os professores adotam a estratégia de retomar as habilidades não consolidadas, tentando ensinar a matéria de outras formas, e verificar se conseguem ser mais efetivos. Essas boas escolas têm verdadeiros mapas com as habilidades e conhecimentos de cada turma, o que cada aluno aprendeu.  Assim, ninguém fica para trás. Outro destaque é o entrosamento das escolas com as famílias. Se um estudante, por exemplo, falta um, dois ou três dias, a escola manda chamar os pais para saber o que está acontecendo. Se os alunos tiram nota baixa, não estão estudando bem, os pais, nas reuniões de pais e mestres, discutem a questão.

Tomei a liberdade, em pronunciamento recente na tribuna da ALESP, de pedir ao secretário estadual da Educação, para levar a todo o estado de São Paulo, a todo o Brasil, esses exemplos de modo a tornar todas as escolas – de São Paulo e do Brasil – modelos de excelência no aprendizado de modo a darmos, a nosso país, o desenvolvimento econômico e social tão desejado por todos os brasileiros.


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Welson Gasparini

Welson Gasparini, deputado estadual (PSDB), advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto

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