Mulçumanos X Terror

Opinião
Guaíra, 28 de fevereiro de 2017 - 07h38

Atualmente, a mídia, todos os dias, em seus noticiários, relaciona a palavra muçulmanos ou islã com terror, atentados, homens bombas, fazendo com que pessoas que não tem conhecimento algum formem uma convicção errada, dando assim margem à intolerância, mais brigas e violência.

Primeiro aspecto que devemos ponderar é a palavra muçulmano, que nada mais é do que todo aquele que é submisso a Deus e islã, nada mais é do que a palavra paz.

Os muçulmanos no mundo representam mais de 25% da população mundial, estando distribuídos em todos os locais no mundo, ultrapassando assim um bilhão e setecentos milhões de pessoas. É a religião que mais cresce.

A pessoa sensata e coerente verifica que se tais muçulmanos pregassem o terror, ninguém mais estaria aqui, pois não haveria defesa suficiente com tamanho número de pessoas e qual a razão das pessoas entrarem nesta religião, se não encontrarem princípios sólidos de ética, justiça, valores, compaixão, união, etc.

Segundo aspecto é que qualquer atentado mundo afora que não seja praticado por um suposto muçulmano, jamais é relacionado ao credo da pessoa, onde sempre citam a pessoa como depressivo, esquizofrênico ou apenas sua nacionalidade e jamais a sua religião.

Aqui mesmo no Brasil, se analisarmos a população carcerária iremos constatar que mais de 85% dos presos se intitulam cristãos, e ali estão por praticar crimes e muitos deles como assassinatos, estupros, roubos, etc., onde seria a mesma coisa taxar o restante dos brasileiros que são cristãos, como criminosos.

No Islã não há um líder geral que fale em nome de todos os muçulmanos. Quando as diferenças surgem, os muçulmanos se voltam para as únicas fontes confiáveis, o Alcorão e as tradições autênticas do profeta Muhammad SWS.

São essas fontes que evidenciam quem são os muçulmanos e o que eles pregam, onde qualquer ato de injustiça, de violência, de intolerância, são totalmente afastados da doutrina islâmica.

Um dos problemas enfrentados pelo mundo em geral hoje, e os muçulmanos em particular, é que pessoas não qualificadas pensam ser possível ler um livro, mal traduzido em um idioma que não é o árabe e, instantaneamente, se tornarem capazes de proferir normas religiosas sobre assuntos que desconhecem.  Pessoas com pouquíssimo conhecimento islâmico repentinamente se tornam especialistas, enquanto os verdadeiros especialistas não conseguem ter suas opiniões ouvidas.  Grupos extremistas pregam ideologias extremas que não têm lugar no modo de vida que é o Islã.  O Islã é o caminho do meio e extremos não fazem parte dos ensinamentos do Islã.

O Profeta Muhmad Sws resumiu o verdadeiro muçulmano como aquele cujas pessoas estão salvas do que a sua língua diz e sua mão pratica, demonstrando assim que deve sempre ser dito o bem e jamais haver qualquer agressão seja verbal ou física.

O alcorão assim ensina: “Deus ordena a justiça e o tratamento justo.” (Alcorão 16:90) “E que o ódio para com um povo não vos induza a se afastardes da justiça.  Sede justos, porque isso está mais próximo da virtude…”  (Alcorão 5:8).

Nem todos os muçulmanos representam o Islã e nem todos os muçulmanos compreendem e seguem sua religião, onde muitas vezes se mistura à cultura de determinados locais com práticas religiosas.

Conclui-se assim que torna-se essencial reconhecer que só porque uma pessoa, um grupo ou um país são conhecidos como islâmicos, não significa que automaticamente sigam as leis enviadas por Deus, podendo haver erros, adulteração e jamais aplicação das verdadeiras fontes que são o alcorão e as tradições do Profeta Muhamad SWS.


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Girrad Mahmoud Sammour

Girrad Mahmoud Sammour, Advogado, Pós Graduado em Processo Civil, Professor Divulgador Do Instituto Latino Americano De Estudos Islamicos-Ilaei, Diretor Da Mesquita De Barretos-Sp. Dúvidas e palestras  girrad@hotmail.com

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