Voltando para casa

Opinião
Guaíra, 11 de junho de 2021 - 14h46

Como vimos no artigo anterior, ao sairmos de uma provação suprema na vida, não podemos relaxar com a recompensa. Como dissemos lá, recompensa significa a volta ao equilíbrio, ou seja, partimos de uma situação tal, passamos por uma série de experiências, encontramos os mais variados tipos de pessoas (aliados e inimigos) e demos de cara com um grande conflito. 

Ao vencermos essa fase, acabamos por voltar na situação atual. Então, para que toda essa jornada? Precisamos avançar.

Para que a estrada valha todo o esforço, precisamos começar o caminho de volta a um novo mundo comum. Ele é o objetivo.

Você pode me perguntar: mas, Coltri, o foco é voltar à zona de conforto?

E eu respondo: sim, claro! É na zona de conforto que habita a excelência, o alto desempenho. Já escrevi vários artigos sobre isso. Precisamos parar de acreditar que ela sempre é ruim. O que ocorre é que, por vezes, ela fica desatualizada, não nos serve mais. Aí precisamos entrar em uma nova jornada.

Assim, quando estamos na fase da recompensa, estamos praticamente no ponto de onde saímos. Aí não resolve nada. Essa zona de conforto já está obsoleta. Precisamos de uma nova.

Então, não podemos nos iludir com esse momento (que pode até causar euforia). Se ficarmos presos nele, não avançamos nada. Por outro lado, não podemos, também, desistir, ao sabermos que ainda temos desafios pela frente. E teremos. 

Essa fase, nos ciclos de sucesso, se apresenta quando achamos que vencemos, mas ainda aparecem tormentas. Os filmes nos mostram muito essa fase. Quantas vezes o herói acha que derrotou o inimigo, mas, na verdade ele ainda resiste e ressurge. 

No nosso dia a dia, esse ressurgimento dos problemas é insumo para aquilo que faltava para o nosso desenvolvimento maior. Ainda temos algo a enfrentar, a vencer. Em um campeonato, por exemplo, é quando a equipe abre tantos pontos de vantagem, que acredita ser a campeã. Só que, se relaxar, perde tudo. Há, ainda, a cereja do bolo (exemplo: o Corinthians passou por isso no Brasileirão de 2017, quase perdeu, mas superou; o São Paulo também teve um momento parecido no torneio de 2020 e sucumbiu fase final).

Não à toa, no futebol há uma máxima que diz: “o jogo só termina quando o juiz apita” (o fim do jogo). É o óbvio! Mas, assim como no futebol, muitas pessoas deixam seu sucesso escapar por não entender, nem viver, a fase final, a da concretização da vitória.

Por isso, não há outra forma: é preciso entrar no caminho de volta e enfrentar o que ainda tem pela frente. É mais ou menos o que diz Lulu Santos, em casa: “pode ser que o barco vire, / também pode ser que não / […] / eu ‘tô’ voltando pra casa / outra vez”.

Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior 


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Coltri Junior

Professor Coltri Junior é palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos

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