Mesmo novo e sem uso, prédio precisará de mudanças e acomodações para que seja utilizado como o novo Pronto Socorro Municipal
E os questionamentos sobre a Unidade de Pronto Atendimento de Guaíra continuam entre as conversas da população. Após meses de obra paralisada e anos para ser concluída, em dezembro de 2016 a UPA foi inaugurada completamente irregular.
Agora, o governo estuda possibilidades de utilizar o prédio sem a necessidade de instalar uma unidade, mas sim como o Pronto Socorro Municipal. Segundo o prefeito José Eduardo Lelis, o imóvel será, verdadeiramente, inaugurado até o próximo mês. “Estamos fazendo as últimas referências necessárias e acredito que até final de setembro queremos estar trabalhando o pronto socorro onde é o espaço da UPA.”
De acordo com o chefe do Executivo, o departamento de Obras está realizando os últimos diagnósticos. “Se houver necessidade de fazer chamamento para a empresa responsável [pela construção da Unidade] de alguma inadequação, que façamos agora, haja visto que tem processo de sindicância em trânsito”, declarou.
Para José Eduardo, é uma conquista do município poder utilizar o prédio do governo federal para abrigar o PS. “A gente tem usado o governo federal para fazer esses relatos, quando estivemos em Brasília foi o Arnaldo jardim que fez a abertura com o ministro Ricardo Barros e conseguimos a flexibilização da UPA.”
Falta de medicamentos
Elencando as reivindicações da comunidade guairense para o prefeito, o jornal O Guaíra questionou o governo sobre a falta de medicamentos na rede pública de saúde.
Entretanto, José Eduardo disse que está tudo dentro das diretrizes. “Nosso governo é um governo de regra, ordem e, se Deus quiser, de progresso daqui um tempo pra frente. Temos todos os medicamentos padronizados – vamos mandar para Câmara um projeto para organizar isso – e têm que estar à disposição”, afirmou o Chefe do Executivo, que deu exemplo. “Está faltando Omeprazol, mas é porque não está fabricando. A fábrica não está disponibilizando, então, temos que procurar outra alternativas.”
Lelis ainda comentou sobre os remédios de alta complexidade e os não padronizados. “Sobre estes, vai continuar tendo toda a triagem com a assistência social no sentido de que todos sejam atendidos e não faltem medicamentos”, disse ele, pedindo a compreensão dos munícipes. “Esses dias vi que está faltando Sertralina, um remédio antidepressivo. Nós compramos 40 mil unidades desse medicamento e em menos de 40 dias acabou. É preciso ter planejamento em função da demanda. A centralização foi importante para isso, mas não é fácil, principalmente quando uma estrutura, infelizmente, é desorganizada quando se quer criar procedimentos. Mas vamos fazer isso.”
A prefeitura também respondeu às reclamações de que agora pacientes do SUS precisam pagar taxas para serem realizados exames, o que antes não ocorria. “Os exames, infelizmente a máquina pública de saúde, de média e alta complexidade a gente depende de outros centros. Mas estamos trabalhando para diminuir essas dificuldades.”