Prefeito José Eduardo começa a dar destinação para a UPA

Considerada por muitos como um verdadeiro elefante branco, a Unidade de Pronto Atendimento irá abrigar setores da área de Saúde, como o de fisioterapia

Cidade
Guaíra, 23 de agosto de 2018 - 07h33

 

 

 

 

 

 

Janeiro de 2017. Início da gestão do prefeito José Eduardo Coscrato Lelis e do vice-prefeito Renato César Moreira. Além da grande expectativa gerada com a eleição do novo governante, a herança de problemas da gestão anterior já estava na mesa para ser resolvida. Um deles, considerado por alguns como um “elefante branco” e para outros como a “tábua de salvação” para deficiências de atendimento na área de Saúde: o prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), inaugurado pelo ex-prefeito Sérgio de Mello nos últimos dias de sua administração, que ainda permanecia fechado sem uma destinação.

Equipada com aparelhos, móveis de escritório e macas, a unidade, construída longe de outros departamentos e em uma área de pouco acesso, com a falta de uso, foi alvo de grandes críticas. Opositores ao prefeito chegaram a levar o caso ao Ministério Público, que cobrou um posicionamento do atual Poder Executivo. Do outro lado, a equipe do Paço Municipal buscava uma alternativa para o uso do local que não onerasse os cofres públicos.

A UPA permaneceu fechada até agosto deste ano, mês em que a prefeitura resolveu repassar para o endereço o Setor de Fisioterapia. Na semana que vem, quinta-feira (30), o serviço irá ocupar a Unidade de Pronto Atendimento Dr. Orlando Garcia Junqueira. Com esta ação, o governo inicia a utilização produtiva da edificação, evitando assim sua depredação.

A finalidade de pronto atendimento já foi descartada e, em breve, outros setores da área deverão ser transferidos, diminuindo gasto com aluguel e facilitando o acesso da população. A expectativa após o uso da unidade é que, para completar o sistema de atendimento, o prédio do pronto socorro que pertence à Santa Casa de Misericórdia de Guaíra seja adquirido pelo atual governo, diminuindo assim a dívida do hospital e facilitando maior investimento em sua infraestrutura.

A SANTA CASA

Primeiros meses da gestão do prefeito José Eduardo Coscrato Lelis e do vice-prefeito Renato César Moreira. Após uma intervenção da prefeitura na gestão de Sérgio de Mello, a Santa Casa de Misericórdia de Guaíra, único hospital da cidade, passava pela maior crise financeira de sua história. Com uma lista de credores que ultrapassava os R$ 6 milhões, o Poder Executivo tinha em mãos um grande desafio: reparar os erros da má administração petista e evitar o fechamento da entidade.

Nos primeiros meses foi dada continuidade à intervenção da prefeitura. O advogado Éder Conti, Assessor Jurídico do atual Executivo, assumiu a responsabilidade de gerenciar os primeiros meses até que uma nova provedoria, composta por membros da comunidade, fosse eleita. Convidado a assumir o desafio, o empresário Jonas Nogueira Lelis, aceitou ser provedor do hospital. Com uma diretoria formada por outros empresários guairenses, assumiu a responsabilidade no final do primeiro semestre de 2017.

A prefeitura, então, firmou um contrato de Contratualização com a entidade para a prestação de serviços de atendimento da população, como pagamento das especialidades. Mas, o recurso enviado todos os meses não é destinado totalmente à Santa Casa, sendo utilizado para pagamento de profissionais, como os da medicina que prestam serviços. Entre crises com médicos, que ameaçaram até uma paralização, e falta de recursos, o hospital manteve-se funcionando até hoje, mas o problema está ali e como uma ferida que não fecha, precisa ser tratado e finalmente curado. Recentemente, foi revelado que, além da dívida, que existe em sua maioria com impostos, ocorre um déficit mensal de R$ 200 mil mês que pode acrescentar valores astronômicos ao balancete anual da instituição.

Além da busca por recursos para diminuir o déficit do hospital, a atual Provedoria da Santa Casa ainda lida com outro problema: o impedimento de recebimento de recursos das esferas Estadual e Federal. Sem certidões de quitação de impostos, a Santa Casa fica impossibilitada de ser beneficiada com emendas de Deputados e convênios com os Governos Federal e Estadual. A renegociação desta dívida é uma solução, assim também como a compra por parte da prefeitura do prédio onde está localizado o Pronto Socorro Municipal. O negócio entre hospital e prefeitura, que precisa passar pela aprovação do Poder Legislativo, poderá ser parcelado. O valor não foi revelado, mas pode auxiliar diretamente na diminuição da situação financeira mensal.


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