Presidente da ACIG comemora “retorno” do comércio, mas ressalta a necessidade de mais apoio aos comerciantes de Guaíra

Além disso, Jamel lembrou que os estabelecimentos estão seguindo à risca aos protocolos de higiene e segurança e que a associação enfatiza o uso constante de máscara e também do álcool em gel nas mãos

Cidade
Guaíra, 18 de abril de 2021 - 15h14

Com a atualização do Plano SP e a flexibilização do horário de 18 a 23 de abril para todo o setor do comércio, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Guaíra (ACIG), Jamel Abdala, comemorou este retorno para movimentar as lojas da cidade, que estão enfrentando grandes problemas financeiros desde o início da pandemia.

“Temos vivido tempos difíceis. Sabemos o quanto o distanciamento social e as medidas de prevenção são importantes para evitar o aumento do contágio da Covid-19, mas nossos empresários guairenses estão passando por grandes dificuldades. Ainda bem que esta nova fase do Plano SP trará uma maior flexibilização para que o nosso comércio continue atendendo os consumidores, dessa vez de portas abertas”, disse Jamel, que também possui estabelecimentos no centro comercial.

A abertura não quer dizer que os cuidados continuam. “Nossos estabelecimentos têm seguido o protocolo de higiene e segurança à risca e todos sempre solicitam para que os clientes e funcionários sempre utilizem máscaras, álcool em gel e respeitem o distanciamento e o número limite de pessoas por ambiente”, adicionou.

Apesar dessa abertura, o presidente da associação diz que os empreendedores estão tendo de se reinventar para conseguir fazer suas vendas e competir com os preços mais baixos do e-commerce. “Sempre pedimos para que a sociedade guairense priorize o comércio de Guaíra, mas sabemos que há grande concorrência com o aumento exponencial das vendas online. Por isso, nossos empresários estão inovando, apresentando novas ideias e tentando, com as melhores opções, manter seus clientes. Continuo com o conselho de que, se puderem, comprem dos locais, pois eles também mantêm centenas de empregos e famílias guairenses”, destacou.

Política nacional aos lojistas e comerciantes em geral

Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC) mais de 20 mil lojas encerraram as suas atividades no Estado de São Paulo em 2020. No Brasil, o número supera 75mil estabelecimentos extintos. Muitos lojistas não estão resistindo as sequentes fases de restrições de funcionamento.

 Na visão do advogado Daniel Cerveira, consultor jurídico do Sindilojas-SP, é urgente a necessidade de uma política nacional para auxílio aos lojistas e comerciantes em geral. “Incrivelmente, até o momento não foi realizada nenhuma política pública voltada para estes agentes econômicos, lembrando que eles são responsáveis por uma grande parte dos empregos no Brasil e que o fechamento das lojas acarretará na redução dos tributos arrecadados pelo Poder Público. Sem entrar no mérito se as restrições impostas aos comerciantes são efetivas, por exemplo, é nítido que os governantes implicaram com os shopping centers sem justificativa plausível, o fato é que essa gama de empresas está totalmente à deriva e enfrentando um cenário de absoluta insegurança. Vide os operadores de restaurantes que não têm qualquer referência para decidir se compram ou não matérias-primas, considerando que rapidamente precisam ser descartadas, quando não utilizadas”, afirma.

 Daniel Cerveira ressalta que a estrutura de custos fixos dos varejistas físicos é formada, principalmente, pelas despesas com a compra dos insumos/produtos, tributos, funcionários e o aluguel do ponto comercial, sem contar os desembolsos com empréstimos bancários. No geral, a folha de salários dos empregados e o de ocupação pela locação do ponto continuam a incidir normalmente.  “Quanto ao custo envolvendo os colaboradores dos lojistas, a melhor opção política é aquela que visa proteger os empregos, portanto, tanto para o setor, como para o país. É imperioso que, como o ocorreu no início da crise sanitária, sejam criados mecanismos que compensem os comerciantes pelos prejuízos gerados pela pandemia. Desta forma, os empresários terão estímulos para preservar as vagas de trabalho e possibilitará a continuidade da arrecadação fiscal”, analisa o especialista.


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