Revitalização da Reserva Ecológica da ”Mata do Thaís” será inaugurada no dia 8 de fevereiro

Dentre as melhorias feitas no local estão a pavimentação de passeio público, a implantação de academias ”ao ar livre”, paisagismo, fixação de alambrados cercando a reserva e concepção de trilhas para caminhada no interior da mata

Homenagem
Guaíra, 31 de janeiro de 2019 - 11h31

Está marcada para o dia 8 de fevereiro, às 18h, a inauguração das obras de infraestrutura, urbanização e revitalização da chamada ”Mata do Thaís”, realizadas pela administração do prefeito José Eduardo Coscrato Lelis, onde se envolveram quase todos os setores da prefeitura.

Dentre as melhorias feitas no local estão a pavimentação de passeio público, a implantação de academias ”ao ar livre”, paisagismo, fixação de alambrados cercando a reserva, concepção de trilhas para caminhada no interior da mata, e outros equipamentos públicos que visam a preservação e uso sustentável do horto, que passará a ser denominado Reserva Ecológica ”Euripa Rodrigues da Silva Geloni”, uma das primeiras moradoras do bairro Residencial Thaís, que era conhecida como Dona Rosa.

A indicação do nome de dona Euripa foi dos vereadores Edvaldo Doniseti Morais e Rafael Talarico, solicitação acatada pelo prefeito, José Eduardo Coscrato Lelis. Para a inauguração oficial do espaço público, diversas autoridades já confirmaram presença.

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Nascida em Restinga, em 23 de abril de 1950, Dona Euripa começou a residir em fazendas de Guaíra em 1987, vindo a se mudar para o bairro Residencial Thaís em 2002, quando o empreendimento começou a ser povoado. Até conquistar a casa própria, Dona Rosa, uma pessoa de fé inabalável e seu esposo Geraldo Geloni trilharam uma jornada de muito trabalho e dedicação à família.

A história do casal começa na Fazenda Cuba, município de Ipuã. A família dela não aprovava o relacionamento porque Euripa tinha apenas 14 anos e ele 15. Porém o relacionamento se manteve por olhares e cartas, às escondidas. Cartas que Dona Rosa conservava atrás de um quadro na sala. Um dia seu pai, Senhor Pedro, homem muito severo, tirou o quadro da parede e achou as cartas. Ele proibiu o namoro e para a moça não ver mais Sr. Geraldo, o pai não deixava Dona Rosa ir à roça trabalhar. Tudo para impedir que ela se encontrasse com o futuro esposo. ”Falava que comeria as cordas da viola nas refeições, só porque o moço gostava de tocar uma viola danada”, lembrança que entrou para o histórico da família.

De nada adiantou a severidade e proibições do Sr. Pedro porque o casal continuou o namoro e para poderem se casar tiveram que ”fugir”. Depois deste episódio a família cortou totalmente as relações com Euripa, inclusive improvisando um acessório que tapava a janela da casa, por onde ela poderia ver relances dos familiares, uma vez que de sua nova moradia na fazenda ela podia avistar a residência dos pais. E foi assim por 9 anos…

Da união nasceram quatro filhos, Florinaldo, Ednalva, Rosinalva e Eliana. E em 1987 mudaram-se para a Fazenda São João em Orlândia, logo depois, para a Fazenda Rosário, já no município de Guaíra, e em seguida para a Fazenda Santo Antônio e por fim a Agromen.

Nesta época já fazia marmitas para os motoristas que passavam pela empresa produtora de sementes, já idealizando a alcançar a casa própria. Fazia inscrição para os empreendimentos populares e se entristecia por não ser sorteada.

Foi no ano de 2002 que Sr. Geraldo e Dona Rosa conseguiram a tão sonhada casa própria na Rua 16-B, nº 1374 no Residencial Thaís, fruto de esforço e financiamento privado. Morando na cidade ela continuou trabalhando arduamente na lavoura, conseguindo ajudar o esposo a construir o muro, fazer garagem e fazer outras melhorias na casa.

Sempre zelosa com a família cuidou do esposo que sofreu três infartos, lutando e conseguindo a aposentadoria de ambos. A casa era aconchego para filhos, netos e genros. Um ponto de encontro familiar. Dona Rosa ainda fazia delícias caseiras, numa vida estável depois de muito lutar, mesmo assim com seu empenho trabalhador, naquela esquina vendia cachorro quente. Uma época lembrada com carinho pelos familiares.

Em setembro de 2015 Dona Rosa foi diagnosticada com hipertiroidismo e com sua forte fé seguiu fazendo o tratamento acreditando no restabelecimento apesar dos sintomas que a prostravam.

O Natal daquele ano foi triste para a família. Um dos principais esteios estava combalido. Mantendo-se na fé. E em janeiro de 2016 foi diagnosticada com câncer de fígado. Enfermidade agressiva que a levou em 26 de maio de 2016, deixando para a família muitas saudades. Dona Rosa era uma pessoa de caráter forte, não reclamava. Agora sua história foi reconhecida e ela concederá seu nome a reserva ecológica no bairro onde ela conseguiu conquistar sua almejada casa própria.



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